Pacientes reclamam do Pronto-socorro

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Pacientes reclamam do Pronto-socorro

Atendimento do hospital será tema de audiência entre vereadores e direção

aA qualidade do atendi­mento de urgência e emergência no Hospi­tal Estrela é questio­nada pela população. O tempo de espera, a atuação dos pro­fissionais e a falta de médicos especialistas são os motivos das reclamações. Amanhã, às 10h, será realizada uma reunião com vereadores e direção da entidade.

Na sessão da câmara na se­mana passada, José Alves (PTB) solicitou o encontro. Segundo ele, pessoas ligam e informam os problemas enfrentados no Pron­to-socorro (PS).

Em meados de outubro, Auri Cardoso procurou o PS. Sentia dificuldade para respirar, dor de garganta e tosse. Eram 3h40min da manhã. Afirma que o médico não o examinou. “Apenas disse que meu caso não se enquadra­va nas características do Pron­to-socorro.”

Indaga os critérios de atendi­mento. “Saí de madrugada de casa porque não estava bem. Se fosse só dor de garganta, não me levantaria no meio da noite para procurar um médico.”

Cardoso condena o repasse de verbas públicas para manter o atendimento em saúde. Para ele, além do convênio com o mu­nicípio, o Hospital Estrela recebe recursos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Pagamos duas ve­zes por um serviço de péssima qualidade.”

O genro de Rudimar Lagmann sofreu um acidente de motoci­cleta há duas semanas. Era um sábado, próximo das 18h quando Luiz André Fell deu entrada no PS. Após o atendimento clínico, esperou até as 7h30min de do­mingo por um traumatologista.

Lagmann relata que o processo burocrático impediu que o pa­ciente fosse encaminhado a um médico particular. “Disseram que ele tinha dado entrada pelo SUS e não poderia ser repassado para o plano de saúde.”

Fell teve fratura no ombro e na bacia e precisará de 90 dias de repouso. Depois de receber alta, às 9h30min, não havia ambulân­cia para transportar o paciente. “Tivemos de levar ele com dor, de maneira desconfortável no car­ro”, menciona Lagmann.

Agricultor de Linha Geraldo Alta, Lagmann acredita que a população deve se mobilizar e cobrar mais qualidade no aten­dimento em saúde. Outro pro­blema relatado por ele foi para fazer os curativos. Na terça-feira, Fell foi para o PS às 10h. Esperou 6 horas para que os profissionais trocassem as ataduras.

Atendimentos superam 2,4 mil por mês

A assistente administrativa do hospital, Adriana de Siquei­ra frisa que muitos exames não são de urgência e emergência. Segundo ela, da média de 80 consultas por dia, apenas 0,5% são emergenciais. Outros 8,1% são classificados como urgência. “O restante poderia ser atendido nos postos de saúde.”

Para atender a demanda, a administração do hospital des­taca uma equipe com médico plantonista, outro como reforço e sete especialidades médicas de sobreaviso. Trabalham no setor mais quatro enfermeiros, nutri­cionista, psicólogo, assistente social, técnicos de enfermagem e outros.

Na visão de Adriana, um médi­co plantonista é suficiente para atender a demanda. “O momen­to não é de contratar mais médi­cos para o Pronto-socorro e sim esclarecer e educar a população, de que consultas básicas e ele­tivas devem ser realizadas nos Postos de Saúde.”

Segundo ela, desde maio de 2011 foi implantado um sistema de acolhimento com classifica­ção de risco, que identificam os níveis de gravidade. Aqueles que não se enquadram serão atendi­dos pela ordem de chegada.

No caso de Fell, Adriana rebate às reclamações. De acordo com ela, o médico plantonista pres­creveu observação clínica e fez contato com o especialista que orientou a imobilização.

O paciente enquanto estava em observação, teve toda a as­sistência necessária, e antes da liberação, o especialista realizou o atendimento traumatológico, com orientações de conduta, cuidados domiciliares e curati­vos em unidade básica.”

Sobre o serviço de ambulân­cia, esclarece que essa é uma responsabilidade do convênio ou do município e não do hospital.

Adriana afirma que a verba enviada pelo muni­cípio para manutenção do PS precisa de complemen­tação. Por ano, o Hospital Estrela recebe do governo local o valor fixo de R$ 1,5 milhão e mais R$ 576 mil para despesas variáveis.

Segundo ela, os aten­dimentos hospitalares de urgência, os eletivos e os honorários médicos para procedimentos cirúrgicos e pagamento de exames, custam, em média, R$ 180 mil por mês. “Haja visto que o valor que é repassado não é suficien­te, o Hospital comple­menta para viabilizar os atendimentos.”

Repasse insuficiente

Adriana afirma que a verba enviada pelo muni­cípio para manutenção do PS precisa de complemen­tação. Por ano, o Hospital Estrela recebe do governo local o valor fixo de R$ 1,5 milhão e mais R$ 576 mil para despesas variáveis.

Segundo ela, os aten­dimentos hospitalares de urgência, os eletivos e os honorários médicos para procedimentos cirúrgicos e pagamento de exames, custam, em média, R$ 180 mil por mês. “Haja visto que o valor que é repassado não é suficien­te, o Hospital comple­menta para viabilizar os atendimentos.”

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