Lixão clandestino persiste no bairro Moinhos

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Lixão clandestino persiste no bairro Moinhos

Descarte ilegal de resíduos foi mostrado em julho e nenhuma providência adotada

Estrela -As medidas para evitar o descarte de lixo em terreno na rua dos Marinheiros seguem na promessa. Em área particular, caminhões da administração municipal, carroceiros, veículos de empresas e a população descartam todo tipo de rejeito.

lEm julho, o prefeito Celso Brönstrup afirmou que o local seria cercado, o que não aconteceu. A única ação adotada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano foi colocar um vigilante. O servidor municipal tem como missão inibir o descarte irregular de lixo. O que faz no horário de expediente, que começa às 8h e vai até as 17h.

A ineficiência da decisão é confirmada, inclusive, pelo trabalhador. Diz que a cada dia, quando chega pela manhã, percebe que mais rejeitos chegaram durante a noite. Cargas de concreto e tijolos quebrados, galhos, sacos de estopa, sujos de óleo e com cheiro de gasolina.

Os moradores acreditam que são materiais usados em postos de gasolina. O terreno tem cerca de 200 metros e fica próximo ao Rio Taquari.

Muito lixo foi enterrado. Por baixo das cargas de terra e pedra, espalhadas pelas máquinas do município, estão pneus, estofados, sapatos, sacolas plásticas, latas de alumínio. De julho para cá, árvores foram suprimidas para dar espaço a duas entradas para o terreno.

O secretário de Desenvolvimento Urbano, Nardi Afonso da Silva afirma que os servidores estão proibidos de carregar qualquer tipo de material que não sejam entulhos verdes e de construções. No entanto, algumas cargas estão misturadas com rejeitos.

Silva garante que se qualquer uma contiver outro tipo de rejeito, o vigia do local recolhe e separa para serem enviados ao depósito do antigo prédio da Ambev.

“Ele disse: pode trabalhar tranquilo que eu garanto”

O dono do terreno conta que o secretário de Desenvolvimento Urbano lhe procurou e pediu para colocar galhos e entulhos no local e que depois iriam aterrar. Quando percebeu que todo tipo de lixo estava sendo colocado ali, foi procurar o prefeito. “Eu disse que não estava conseguindo trabalhar de tanta preocupação. Ele disse: pode trabalhar tranquilo que garanto.”

Confirma aquilo que foi percebido pelo vigilante do lixão. Que muitas vezes, as pessoas esperam anoitecer para depositar os resíduos no terreno. “Saí correndo e fiz voltar e recolher.” Justifica que tem pouco estudo e desconhece as implicações. Pela lei, ele pode ser responsabilizado com a administração municipal por crime ambiental. A multa nesses casos varia de R$ 5 mil até R$ 50 milhões.

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