Violência atemoriza moradores do interior

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Violência atemoriza moradores do interior

Homem foi morto na frente do filho de 10 anos. É o segundo homicídio em 60 dias

aaDois meses depois do latrocínio que chocou a comunidade de Santo André, outro assassinato ocorreu no interior do município. O aumento da violência preocupa a população, que se sente desprotegida e cobra mais atuação da polícia.

A vítima é Irany Freisleben, 47, de Linha Garibaldi. Ele foi morto com um tiro de garrucha na nuca, às 7h30min de sábado, quando conduzia seu caminhão em frente à casa da mãe. O irmão de Freisleben, que estava no veículo, conseguiu fugir. O filho de dez anos presenciou a cena.

Conforme o delegado João Antônio Merten Peixoto, o cunhado da vítima, Airton Pereira Duarte, se apresentou ontem à tarde para a polícia. Ele confessou o crime, alegando legítima defesa, e foi encaminhado ao Presídio Estadual de Encantado, onde aguarda o julgamento. A pena varia de seis a 12 anos de prisão.

Peixoto diz que a vítima tinha antecedentes criminais por briga, furto e ameaças. Um dos motivos do homicídio seria um desentendimento familiar. A tia de Freisleben, Marli, lembra que desde a morte do pai havia disputa de herança.

Freisleben tinha seis filhos, o mais velho com 13 anos. “Foi uma crueldade.”


Seguem as investigações do caso Fleck

A família do aposentado Agenor Miguel Fleck, 69, ainda desconhece os responsáveis pelo latrocínio ocorrido em setembro na Linha Santo André. Ele foi morto em sua residência com um tiro na nuca e os bandidos fugiram levando duas armas e o automóvel Savero de cor prata, com placa CLV-7672. A polícia aguarda pelo resultado da perícia para identificar os suspeitos.


À espera por mais segurança

O agricultor Arnildo Kriger, 58, vizinho de Freisleben, está preocupado com o aumento da violência no município, assim como a dona de casa Ivanir Pott, do bairro Pôr-do-Sol. Enquanto população cresce, alegam que o efetivo de policiais segue o mesmo. “Deveriam fazer algo. Por que os detidos são soltos logo?”

Para o comerciário Joares Cofferri, morador da Linha Júlio de Castilhos, o jeito é recorrer a alarmes e seguros de veículos. “Nunca ocorreram tantos casos assim.” Para ele, a diversidade de estradas secundárias no município e acessos a outras cidades facilitada as fugas de bandidos.

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