Inexiste levantamento regional que quantifique as vagas. De acordo com o presidente da CDL, Ricardo Luís Diedrich, essa é a oportunidade de muitas pessoas que buscam trabalho fixo.
Se mostrar um bom desempenho e atuar com esforço na função, é grande a probabilidade de ser efetivado, adianta Diedrich. “Muitos empresários trocam os profissionais antigos pelos temporários, buscando um sangue novo na equipe.”
O treinamento aos novos funcionários, que atuam por contrato de três meses, se inicia na segunda-feira. Diedrich informa que muitas empresas preferem contratar em novembro para que os trabalhadores fiquem inteirados com a equipe e conheçam o funcionamento interno.
O dirigente é vice-presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV). Cita que a maior dificuldade das empresas em âmbito estadual é a desqualificação dos interessados em preencher a vaga.
Para ele, é fundamental que os candidatos sejam extrovertidos, com facilidade de comunicação. A cidade tem seis mil empresas de comércio e serviço, oferecendo trabalho para 21 mil pessoas. “Trabalho não falta, mas apenas para quem realmente deseja se emprenhar.”
Lajeado é o principal centro de compras do Vale. O comércio local aposta na realização da Campanha Lajeado Brilha, que com a participação de 146 lojas totaliza R$ 85 mil em prêmios.
Efetivação chega a 50%
O Fecomércio estima que 49,3% dos trabalhadores temporários têm chance de efetivação após o fim do contrato. Um dos critérios apontados é a procura de empresas por profissionais destacados.
Segundo relatório, 99% das instituições pesquisadas buscam trabalhadores temporários, sendo que 70,8% contrataram até três novos funcionários.
Para a seleção dos candidatos, 70,1% exige algum grau de instrução, sendo que 78,0% requisita ensino médio completo. Itens como boa aparência e boa dicção são exigidos pela maioria dos contratantes. A atividade de vendas oferece 87,9% das vagas.
Oportunidade que deu certo
Sérgio Luís Xavier, de Lajeado, aproveitou a vaga temporária ocupada em 1999 para conseguir sua efetivação numa rede de lojas de eletrodomésticos e móveis. Em 2002, chegou ao cargo de gerente e hoje administra a loja situada na Júlio de Castilhos, no centro da cidade.
O gerente procura três novos atendentes. No total, emprega 21 pessoas. Xavier enfatiza a dificuldade de encontrar funcionários qualificados e recorre a anúncios no site, em jornais e em cartazes e se vale de indicações. “Para muitos dos que nos procuram falta carisma e força de vontade. Ficamos de mãos atadas.”
Estima que as vendas aumentam em 50% durante o período de fim de ano e ressalta que a época é a mais produtiva para a empresa.
Dez mil vagas no estado
Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizados e de Trabalho Temporário, nas próximas semanas 9.595 funcionários devem ingressar no mercado de trabalho em todo o estado. São vendedores, estoquistas e técnicos, que representam um terço de todos temporários que deverão trabalhar nas festas de fim do ano.
