Dia das Crianças reaproxima pais e filhos

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Dia das Crianças reaproxima pais e filhos

Pais querem mostrar como brincavam para diminuir a dependência tecnológica

Vale do Taquari – Competir com os estímulos da internet e com os jogos eletrônicos é um desafio aos pais. Frente à rotina de trabalho, poucos conseguem acompanhar as atividades dos filhos. Para compensar o pouco tempo em casa, optam por presentes como: videogames portáteis, notebooks, celulares de última geração e outros artigos eletrônicos.

O Dia das Crianças, além da comemoração cristã de Nossa Senhora Aparecida, é uma data de apelo consumista. Para reverter essa lógica, há casais que programam atividades como: passeios de bicicleta, brincadeiras na rua e um piquenique no parque para estimular atividades físicas.

cDedicar o dia aos filhos. Essa é a proposta do casal lajeadense Aline e Edson Ertel. Para Hariel, 14, e Caio, 2, estipulam passear de bicicleta no feriado de amanhã. Proprietários de uma loja de roupas infantis há quadro anos, a rotina de trabalho dificulta o acompanhamento dos filhos. Saem de casa pela manhã voltam só à noite. “Hoje falta tempo para as crianças”, afirma Ertel.

O videogame é o principal passatempo do mais velho. Conta que tenta controlar o tempo em frente ao televisor. Uma das formas encontradas pelo casal foi propor um acordo. Para incentivar as brincadeiras na rua, incrementaram a bicicleta de Hariel. “Colocamos acessórios do jeito que ele queria para motivar brincadeiras.”

Essa solução surtiu o efeito desejado. Antes as saídas de Hariel eram para visitar os avós e o trabalho dos pais no centro de Lajeado. “Esses dias, ao sair de casa, ele avisou: vou sair para jogar bola. Fiquei surpresa, pois nunca ia para rua brincar”, conta Aline

Os filhos de Vera Siqueira são de outra geração. A infância de Fernando, 30, e Diego, 23, foi marcada em meio aos campinhos improvisados e as aventuras de subir em árvores. “Fico preocupada com essa dependência do sempre estarem em frente ao computador.”

Para Vera, a criatividade das crianças é prejudicada pelos jogos eletrônicos. O sedentarismo é outros aspectos destacados por ela. “Os pais têm dificuldade de controlar o que os filhos acessam na internet.”

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) corroboram com essa percepção. Segundo estimativa, o avanço tecnológico é um dos responsáveis pelos 155 milhões de jovens obesos no mundo.

Brincadeiras esquecidas devem ser retomadas

No consultório da psicopedagoga Marcelisa Protas, as crianças redescobrem jogos que fizeram parte da infância de outras gerações. A bolinha de gude, pular amarelinha e o quebra-cabeças estimulam o aprendizado. “Mostramos esses jogos e as crianças ficam encantadas, pois algumas nunca tinham visto.”

Na avaliação dela, os jogos eletrônicos ajudam, mas só a mente. “Para ter o desenvolvimento integral, a criança precisa correr e se exercitar.”

Reforça que os pais precisam dedicar momentos para interagir com os filhos. Separar alguns minutos para ficar com os filhos e os fins de semana para levá-los aos parques. Atitudes simples, como sentar no chão e inventar uma brincadeira ou contar uma história são essenciais para o crescimento das crianças.

Comércio prevê movimento

A data é uma das melhores para o comércio, em especial às lojas de brinquedos. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Lajeado segue os índices estaduais. Com uma taxa de juros mais barata, a Fecomércio-RS avalia que o desempenho do setor seja em torno de 4,5 até 5,5% maior do que em 2011.

Essa é a expectativa de Volmar Parise. Proprietário de uma loja de brinquedos no centro de Lajeado. Em relação aos demais meses desse ano, o faturamento das vendas no Dia das Crianças chega a 30%.

Segundo ele, os produtos com apelo midiático são os mais procurados. Cita as bonecas da novela Carrossel, a Galinha Pintadinha e personagens de desenhos animados. “Aquilo que aparece na televisão vira febre para as crianças.”

No setor do vestuário infantil, o aumento é mais modesto. Entre 1% até 2%. Na loja de Edson e Aline, as vendas aumentam após a data comemorativa. “Os pais esperam que os dindos presenteiem com roupas, o que não ocorre, e depois saem correndo para comprar.”

Horários no feriado

• Setores públicos

No feriado, as repartições públicas e escolas não abrem. Atendimentos de saúde só para casos de urgência e emergência nos prontos-socorros dos hospitais

•Shopping Lajeado

Praça de alimentação e lazer das 11h às 22h

Supermercado das 9h às 21h

• Comércios e supermercados

Os supermercados abrem em horário normal amanhã. Das 8h às 21h. Os funcinários terão direito a uma folga e mais a gratificação de R$ 38. Se optarem por retirar a folga, o valor é de R$ 53.

Lojas não abrem no feriado

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