Vale do Taquari – Quarenta e três pessoas foram atropeladas na região nos nove meses deste ano. O número é 34,8% menor que o de 2011, mas preocupa os órgãos de segurança pela gravidade dos acidentes. Enquanto no ano passado houve seis mortes, em 2012 foram oito casos, um crescimento de 25%. Há um registro a cada seis dias.
Para os comandantes, os crimes de trânsito são motivados, em especial, pela imprudência do condutor e desatenção do pedestre. O responsável pelo 22º Batalhão da Brigada Militar de Lajeado, major Ivan Silveira Urquia diz que falta atenção de ambas as partes.
Segundo ele, o pedestre atravessa a rua sem olhar para os dois lados e pensa que está seguro passando na faixa de segurança. E os motoristas dirigem em alta velocidade, sem respeitar faixas e conciliam álcool com direção.
Urquia informa que o pedestre deve redobrar a atenção em ruas com pista de mão dupla. Os acidentes urbanos ocorrem desta forma: o primeiro carro para e espera o pedestre atravessar e o segundo ultrapassa na outra pista, atingindo a pessoa.
Na sua visão, os acidentes estão mais violentos devido a problemas de sinalização, más condições de trafegabilidade das vias e motoristas despreparados.
O comandante da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), Paulo Renato Bernardi da Silva acrescenta as rodovias sem acostamento como motivos do aumento de casos na região. Cita que muitas pessoas caminham para o serviço, aumentando o risco de acidentes.
Os casos mais recentes
O último atropelamento aconteceu na noite de segunda-feira, na BR-386. André dos Santos, 23, do Paraná, foi encontrado no acostamento da rodovia, próximo ao KM 214, após ser atingido por um veículo. O motorista fugiu do local. A vítima foi levada ao hospital com ferimentos leves.
No início de setembro, cinco casos foram registrados em uma semana com três mortes: um menino de 11 anos e duas mulheres, uma de 67 e outra de 50. Os três acidentes aconteceram em perímetros urbanos, onde há faixas de pedestres e sinalização.
Em um deles, no bairro São Cristóvão, em Lajeado, Neuza Maria Berté, 50, atravessava em uma faixa de segurança quando foi atropelada por um Corsa. A vítima foi encaminhada ao Hospital Bruno Born, mas não resistiu aos ferimentos.
O menino Cleiton Felipe Moraes Alves, de Fazenda Vilanova, morreu depois de ser atropelado por uma camionete F-1000. A criança invadiu a rua atrás de uma bola e acabou atingida. Cleiton foi socorrido, mas sofreu uma parada respiratória.
Já a aposentada Célia Maria Pfingstag, 67, moradora do bairro São Gabriel, Cruzeiro do Sul, foi encontrada caída na Rua Frederico Fernando Haenssgen. Levada ao hospital local, ela não resistiu aos ferimentos e morreu.