O trajeto de 1,6 quilômetro que liga o centro à Vila Santo Antônio, pavimentado em 1994, é motivo de reclamações recorrentes de motoristas e moradores. Apesar dos constantes investimentos em recuperação, os problemas persistem. A comunidade sugere o asfaltamento do trecho.
Em 2008, o trecho foi todo recuperado. O custo chegou a R$ 65 mil. Na época, a administração municipal refez toda a base das pedras. Desde então, apenas reparos são realizados. Dados da Secretaria de Obras mostram que os investimentos nos últimos oito anos na estrada passam de R$ 145 mil.
Quando os paralelepípedos foram instalados, os projetistas levaram em conta a frota da época, em que o tráfego de caminhões no local era menor. “O problema é antigo, diversas administração municipais passaram e não encontraram uma solução”, observa o agricultor Hélio Ulrich.
Há cerca de um mês, a Secretaria de Obras colocou material sobre a pista para tapar os buracos, mas com as chuvas das últimas semanas o problema reapareceu. O trecho está repleto de desníveis. Motoristas necessitam trafegar na contramão para desviar dos buracos.
Conforme a secretária da Administração, Eunice Heuser, o município estuda uma alternativa para corrigir o problema. Enfatiza que a primeira obra de recuperação ocorreu em 2008, 14 anos após a colocação dos paralelepípedos. “Não fazemos investimentos recorrentes, apenas melhorias para tapar os buracos.”
Ressalta que pavimentar o trecho necessita valores elevados e que para isso é necessário buscar recursos com o governo. Observa a importância de um estudo para saber qual é a viabilidade técnica de asfaltar a rua para evitar mais transtornos.
Moradores sugerem asfalto
Hélio Ulrich, 59, lamenta o fato das melhorias serem uma forma provisória de resolver o problema de má conservação da via. Para ele, o dinheiro usado para os reparos poderia servir para iniciar o asfaltamento. “Se fizessem 500 metros de asfalto a cada ano, por exemplo, o investimento não seria colocado fora.”
Cita que sua filha necessita passar de carro pelo trajeto todos os dias para ir ao trabalho e que os gastos com consertos no veículo são frequentes. “É comum quebrar alguma mola ou soltar uma peça.”
Segundo o pedreiro Paulo Neves, 36, o dinheiro gasto com manutenção da estrada é inútil. Diz que toda a vez que chove as pedras se deslocam, retornando o problema. Para ele, não há alternativa senão asfaltar o trecho ou tapar os desníveis com camada asfáltica.
Aponta que há cerca de um mês, o veículo de um morador da localidade estragou em função dos buracos e necessitou ser transportado por um guincho até a oficina.