Daer prevê atraso em obra de asfaltamento

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Daer prevê atraso em obra de asfaltamento

Manifestantes se reúnem com diretor na quarta

oktober-2024

aO protesto realizado pelos moradores na ERS-421, na manhã dessa quinta-feira, fez o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) re­conhecer falhas na obra. Devido a uma readequação no projeto, os trabalhos na rodovia podem atrasar em até seis meses.

Conforme o diretor de Infra­estrutura Rodoviária do Daer, Milton Sippel, a proposta inicial era que a empresa Sanitec, res­ponsável pela obra, construísse uma camada asfáltica especial dupla. No entanto, não realizou o serviço e pediu que o projeto fosse alterado contemplando outro tipo de asfalto – uma ca­mada quente que, segundo ele, é mais fácil de ser colocada.

Sippel ressalta que para via­bilizar a readequação é neces­sário fazer um novo estudo, o que pode levar de quatro a seis meses. “O problema é que a em­presa não se atentou a isto antes e agora demorará.” Adianta que o departamento deve negar a mudança e exigir a execução do projeto original.

O prefeito de Boqueirão do Leão, João Davi Goergen, que preside a Associação dos Mu­nicípios Sem Asfalto do estado, ressalta que agora é necessário um encontro com os represen­tantes do Daer de Porto Alegre. Durante o protesto, contatou o gabinete do diretor geral José Francisco Thormann para agen­dar a reunião.

Sete pessoas da região devem participar da audiência, que começa às 14h de quarta-feira. Integrante da comissão que or­ganizou o manifesto, Leandro Arnoldt fará parte da discussão. “Exigiremos comprometimento do governo.”

Sobre o bloqueio

Mais de 200 pessoas parti­ciparam do bloqueio dessa quinta-feira. Elas reivindica­ram qualidade e agilidade na execução da obra. A rodovia foi interditada por volta das 4h, próximo da curva dos Brandt, em Arroio Alegre.

Comunidade exige ação

O prefeito em exercício de Sério, Moacir Rodrigues, ressalta que a empresa Brasil Foods, que tem produtores integrados na região ameaçou suspender as atividades no município caso não haja uma solução urgente quanto às condições da rodovia. “Tenta­mos contatos com o Daer, mas não são nada acessíveis.”

A moradora Lori Gröders, 62, cita que nos dias de chuva é difícil até para sair de casa. Diz que seu filho tra­balha em Lajeado e quando necessita ir até a parada de ônibus precisa colocar tábuas na estrada para não pisar no barro. “Espero que os respon­sáveis vejam a nossa situação após o manifesto.”

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