Como será o novo shopping

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Como será o novo shopping

Plano envolve abertura de mais lojas, novas salas de cinema e construção de hotel

Desde a compra de 70% das ações do UnicShopping, o M.Grupo iniciou uma série de adequações no maior centro comercial dos Vales do Taquari e Rio Pardo. A transação, que começou em julho, envolve um plano para transformar a infraestrutura do local e aumentar a oferta de lojas, de entretenimento e de serviços.

sNessa quinta-feira, o diretor presidente Lorival Rodrigues apresentou o projeto do Shopping Lajeado. Para ele, o local estava adormecido. Com base em pesquisa sobre o comportamento dos clientes, exalta o potencial de vendas do shopping devido às facilidades de acesso, proximidade entre as cidades e renda das famílias, aliadas ao Produto Interno Bruto (PIB) do Vale.

Os dados do estudo demonstraram que cerca de 30 mil veículos trafegam por dia na BR-386 em frente ao shopping. No acesso secundário, pela rua 11 de Julho, são em média 2.496.

Rodrigues garante que a perspectiva é inovar o conceito de shopping. “Vamos fazer um marketing nunca visto na região.” Cita o exemplo da promoção 48 horas de loucuras, em que contabilizaram movimento recorde, com cerca de dez mil veículos usando o estacionamento.

O planejamento do grupo começou a ser praticado com a mudança do nome. “Uma homenagem ao município”, diz Rodrigues. E se estende com a nova fachada do centro. Outras medidas serão a troca de todo o mobiliário, melhorias no cinema, melhor aproveitamento do espaço e reformulação da praça de alimentação (Confira no boxe).

Sobre o investimento, Rodrigues mantém sigilo e desconversa. “Garanto que é mais do que imaginam.” A visão dos empreendedores para a área do shopping envolve a construção de um hotel, torre comercial com escritórios e clínicas e um prédio de estacionamento.

Por que em Lajeado

Facilidades de acesso, fluxo de veículos pela BR-386 e o Produto Interno Bruto (PIB) da região são alguns motivos relacionados ao empreendimento do M.Grupo. Mas, o principal é o fato de Lajeado ser o município polo do Vale, um distribuidor de serviços e bens às demais cidades.

Lorival Rodrigues cita a pesquisa que levou três meses para avaliar as necessidades dos consumidores da região. “Não somos uma empresa paulista que aterrissou no estado para fazer aventura.”

Relata que a estrutura ao lado da rodovia é um convite para os viajantes. Pretende ampliar os serviços de bancos, loterias, salões de beleza.

Praça de alimentação e o McDonald’s

Todo o formato será reestruturado. Rodrigues ressaltou que há tratativas com uma grande rede de fast food. Sem citar o nome, deixou implícita a negociação com o McDonald’s ao brincar: “As famílias poderão aproveitar aquele lanche feliz.”

Quanto à nova estrutura da praça de alimentação, afirma que no fim de setembro, o local terá outro aspecto. O modelo de salão será modificado para um espaço de convivência, com novos móveis, propício para o convívio entre os consumidores.

Reformulação, hotel e edifício-garagem

O projeto é remodelar as estruturas externa e interna. Nas áreas próximas, projetam um hotel para daqui a 18 meses. O estacionamento também terá modificações. Rodrigues avalia que a saída e o tráfego no subsolo são confusos, com muitas curvas.

No local onde funcionava uma lavagem de carros, pretendem construir um edifício-garagem. Rodrigues reforça que algumas adequações começam nas próximas semanas.

Condiciona ao andamento das aprovações dos projetos pela administração municipal e a demanda dos clientes. Garante que o Shopping Lajeado não fecha durante as melhorias.

20 a 30 novas lojas

O superintendente do shopping, Edilson Oliveira assumiu o cargo nessa semana. Afirma que há negociação com grandes marcas nacionais, mas não divulgou os nomes. “Cada empresa tem sua maneira de entrar no mercado. Eles avaliam as estratégias de marketing e anunciarão no devido momento, quando estiver tudo acertado.”

Conta que nos próximos meses serão abertos de 20 a 30 novos estabelecimentos, entre confecções, lojas de artigos esportivos e serviços. Para isso, avaliam adequações nos andares superiores e o melhor aproveitamento dos espaços.

Estimam que hoje o aproveitamento das áreas esteja em torno de 45%. Trabalham com a expectativa de ultrapassar os 80% na área interna.

O diretor-presidente reforçou que o grtupo não pretende tirar os estabelecimentos existentes. “Shopping não fecha loja. Quem fecha é o consumidor.”

Cinema com 3D

Em reunião com os administradores do cinema, Rodrigues ressalta os planos para melhorar o espaço. Diz que antes do encontro, planejavam mudar de empresa. “Fiquei surpreso com as idéias do proprietário.”

Avalia que as melhorias vão ao encontro das necessidades para o shopping. Entre os planos, a instalação de uma sala de projeção em 3D e a reformulação das existentes.

Todas as poltronas serão modificadas, junto com melhorias nas projeções, que possivelmente deixarão de ser em filme para serem digitais, com áudio de melhor qualidade. “Vamos oferecer a mesma qualidade dos cinemas da capital e de Caxias.”

As obras começam em outubro. A previsão é que em cinco meses as novas salas estejam em uso.

O grupo

Cinco organizações fazem parte do M.Grupo, em segmentos distintos no mercado. A empresa tem origem em São Paulo e hoje conta com filial em Porto Alegre. As áreas de atuação aglutinam construção de hotéis. Hoje três empreendimentos estão em andamento no estado. Dois em Porto Alegre e um em Gravataí.

As outras são a M.Inc, de empreendimentos residenciais e comerciais. A M.Invest, proprietária de shoppings. Também atuam na área de marketing e comunicação, com a M.Com. Outra empresa do grupo é a Star Air, que oferece serviços de taxi aéreo.

O shopping

A estrutura de 34 mil metros quadrados de área construída possui capacidade para 120 lojas. Tem uma praça de alimentação para 400 lugares, estacionamento com vagas para 650 veículos, três restaurantes, duas salas de cinema, terraço e mezanino. São gerados cerca de 400 empregos diretos na cidade e outros 800 indiretos.

Os diretores estimam que 70 novos postos de trabalhos serão criados nos próximos meses. Outros 350 empregos diretos com os lojistas e mais 40 vagas na administração, que envolve recursos humanos, tecnologia da informação, segurança, manutenção e serviços gerais.

Transporte aéreo entre o Vale e a capital

Pela Star Air – um serviço personalizado de vôos com jatos e helicópteros – o grupo oferecerá o transporte aéreo para executivos da região. Em reunião com investidores do Vale, o diretor de expansão Dorovaldo Rodrigues diz que foi abordada a necessidade de voos. “A partir disso, técnicos estudam opções de construir helipontos em Lajeado.”

O diretor-presidente Lorival Rodrigues conta que a implantação do serviço depende da procura dos empresários. Observa que com a pressão dos empreendedores, em seguida será possível utilizar algum dos aeroportos próximos, seja em Estrela ou Venâncio Aires.

Para o presidente da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT), Oreno Ardêmio Heineck, os empresários terão mais agilidade para o deslocamento entre a região e a capital.

Avalia que os engarrafamentos e bloqueios em rodovias representam incertezas com relação ao tempo gasto nas viagens. “Isso aumentará a interação social e econômica do Vale com a região metropolitana.”

Relata que o próximo desafio é conseguir a liberação do aeroporto regional de Estrela. O assunto será abordado em reunião com representantes das agências nacionais de transporte.

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