Gilson Alan Altmann, 26, se apresentou à Delegacia de Polícia de Estrela – que investiga o caso – na manhã desta terça-feira. Às 9h45, o metalúrgico chegou dentro do carro do setor de Investigação, acompanhado do advogado Alexandre Meneghini de Ramos.
O depoimento durou menos do que dez minutos. O acusado se manifestará só diante do júri popular, com data indefinida para ocorrer. Ao delegado José Romaci Reis, apenas disse que estava embriagado antes de assassinar a ex-companheira, Andressa Hann, 22, na segunda-feira.
Durante o interrogatório, Altmann ficou o tempo todo de cabeça baixa, sem olhar para o advogado e o delegado. “Ele só respondia sobre a vida pessoal, mas quando perguntávamos sobre o crime, ficava quieto.”
Reis tem certeza de que o metalúrgico estava consciente enquanto matava Andressa. Para ele, Altmann só se embebedou depois de cometer o crime, enquanto fugia com a cabeça da vítima.
Por volta das 11h, o metalúrgico foi encaminhado para o Presídio Estadual de Lajeado, onde cumpre a prisão preventiva expedida pela Justiça ainda na segunda-feira. Altmann ficará no presídio por tempo indeterminado.
Reis indiciará o metalúrgico por homicídio qualificado – por motivo torpe e cruel – e ocultação de cadáver. Caso condenado, a pena variará de 12 a 30 anos de prisão.
Crueldade
Altmann estava foragido desde às 7h de segunda-feira, quando fugiu com a cabeça da vítima. O corpo ficou dentro da casa do rapaz, no centro da cidade. O metalúrgico abandonou o resto mortal em meio a um matagal, a seis quilômetros de distância.
Ele e Andressa mantiveram um relacionamento por quase dois anos. Conheceram-se em uma boate do município, onde Andressa trabalhava como prostituta. A vítima teria ameaçado de morte o metalúrgico diversas vezes. Ela não admitia o novo namoro do assassino, com uma moradora de Teutônia.
Uma das suspeitas é de que o assassinato tenha ocorrido depois de Altmann ser informado sobre uma suposta gravidez da vítima. Reis aguarda os dados da autópsia para se manifestar sobre esta informação.
