Governo estende redução de IPI para carros

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Governo estende redução de IPI para carros

Prazo terminará em outubro. Anúncio prevê benefício para linha branca e móveis

Os interessados em com­prar veículos novos mais baratos têm mais dois meses para apro­veitar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O ministro da Fazenda, Guido Man­tega anunciou ontem a prorroga­ção. O benefício estava previsto para se encerrar amanhã.

O governo também estendeu os prazos para outros três pro­dutos: eletrodomésticos da linha branca, móveis e materiais de construção. As medidas dimi­nuem a arrecadação do governo em R$ 1,6 bilhão em 2012 e R$ 3,9 bilhões em 2013.

iFogões, geladeiras, tanquinhos e máquinas de lavar, móveis, painéis e luminárias continuam com as alíquotas reduzidas até 31 de dezembro. O benefício para a chamada linha branca acaba­ria amanhã e, para os móveis, em 30 de setembro.

Mantega afirma que as prorro­gações foram necessárias para es­timular o consumo. Diz que houve uma diminuição nas vendas no início do ano que atrapalharam as projeções do governo.

Com impostos reduzidos há três anos, os materiais de construção terão o benefício prorrogado por mais 12 meses, até dezembro de 2013. O governo incluiu ainda quatro tipos de materiais na lista de produtos com IPI menor: pisos laminados, pisos de madeira sóli­da, piso vinílico e drywall (placas de gesso instaladas em paredes).

Venda de carros cresceu

Matéria publicada no A Hora no início de agosto comprovou o au­mento na venda dos carros com o IPI reduzido. A estratégia do gover­no fez a frota do Vale aumentar em 3,2 mil veículos desde abril.

Só em Lajeado, dados do De­partamento Estadual de Trânsito (Detran) apontam um incremento de 976 veículos em igual período. Quem comprar modelos nacionais de até mil cilindradas tem mais vantagens, estendidas para o Im­posto sobre Operações Financeiras (IOF). O carro pode custar até R$ 5 mil a menos.

Conforme a Federação Nacio­nal da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o nú­mero de vendas na região supe­rou o do estado: o Vale cresceu 20% neste período contra 12% nos demais territórios.

O benefício reduziu as vendas e os preços dos carros usados e se­minovos. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Auto­motores (Anfavea) confirma a re­tração em 8,5%.

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