Assassino de ex-namorada segue foragido

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Assassino de ex-namorada segue foragido

Metalúrgico fugiu de moto para o interior, carregando a cabeça da vítima

oktober-2024

aA Brigada Militar (BM) procura o metalúr­gico Gilson Alan Alt­mann, 25, suspeito de matar a prostituta Andressa Hann, 22, na madrugada de on­tem. Ele escapou pelo interior poucas horas depois de decapi­tar a vítima. O corpo foi encon­trado por volta das 7h na casa de Altmann, depois que fami­liares acionaram a BM.

A Polícia Civil (PC) suspeita que o crime tenha sido passional. Alt­mann e Andressa terminaram um relacionamento há cerca de quatro meses, quando o rapaz começou um namoro com uma teutoniense. A vítima não admi­tia o relacionamento e as discus­sões eram frequentes.

Andressa foi morta de madru­gada na casa do rapaz, na rua Augusto Gartner, no centro. Às 5h40min, Altmann ligou para a irmã e contou sobre o assas­sinato. Ao chegar em casa, a irmã dele encontrou o corpo da vítima com um corte no pesco­ço e pediu para o rapaz se acal­mar enquanto chamaria o pai Paulo Carlos Altmann.

Nesse período, o metalúrgico decapitou a vítima e fugiu do lo­cal. Por volta das 7h, a irmã e a BM chegaram ao local e encontra­ram parte do corpo de Andressa. Na parede, Altmann deixou uma mensagem de desculpas para a família escrita com o sangue de Andressa. Os peritos criminais chegaram às 11h.

Altmann carregou a cabeça da vítima por cerca de seis quilôme­tros até a Linha Herval. O trajeto foi percorrido com uma Honda Titan, placa INT 9579, de Imi­grante. O metalúrgico entrou em um matagal. Abandonou o resto do corpo e fugiu pelo mato.

Natural de Estância Velha, An­dressa trabalhava em uma boate na Linha Berlim, em Westfália.Esse foi o primeiro assassinato registrado pela PC nos últimos dez anos, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado.

Crueldade

O delegado da PC de Estrela, José Romaci Reis classifica o ho­micídio como cruel. Desmente as informações de que Altmann teria agido em legítima defesa, devido a outros ferimentos en­contrados no corpo de Andressa.

Conforme o delegado, a vítima tem duas perfurações no abdô­men, feitos com uma faca de co­zinha. Acredita que a prostituta tenha morrido em decorrência desses ferimentos. A decapita­ção teria ocorrido pouco depois da morte.

Desconhece as motivações do crime. Sabe que o ex-casal brigava muito, e que Andressa ameaçou Altmann. Um registro foi feito na delegacia neste ano contra a Andressa.

Ameaça de suicídio

Os policiais militares encontra­ram uma garrafa de cachaça vazia próximo da cabeça da vítima. Um dos soldados afirmou que Altmann estava sob efeito de drogas – ele tem registros por porte de entorpecentes na Delegacia de Polícia de Estrela.

Por volta do meio-dia, Altmann ligou para a mulher do pai. Estava próximo de um precipício e amea­çou se matar, caso as autoridades chegassem perto. Paulo Carlos, em estado de choque, tentava en­tender o motivo do crime.

Reis duvida de um possível sui­cídio. Ressalta que o assassino teria dito isso para despistar as autoridades. Após ouvir as teste­munhas, solicitará um mandado de prisão preventiva à Justiça.

Entenda o caso

– Gilson Alan Altmann e Andressa Hann se co­nheciam há mais de um ano. O metalúrgico e a prostituta se conheceram em uma boate próxima de Imigrante;

– Por diversas vezes, o então casal brigou por ciúmes e devido ao trabalho da vítima;

– Há quatro meses, Altmann rompeu com Andressa e começou a namorar uma teutoniense. A vítima co­meçou a ameaçá-lo, por discordar do romance do agora ex-namorado;

– Andressa foi à casa de Alt­mann na noite de domin­go. Os dois mantiveram relações e voltaram a dis­cutir. Altmann esfaqueou a prostituta por duas vezes no abdômen;

– Às 5h40min, o metalúrgico ligou para a irmã e falou sobre o ocorrido. Quase uma hora e meia depois, cortou a cabeça da vítima e fugiu do local;

– Altmann abandonou a motocicleta em Linha Her­val, cerca de seis quilô­metros do local do crime. Deixou a cabeça em meio ao matagal e se escon­deu. A Polícia encaminhou para o IML;

– Por volta do meio-dia, ligou para os familiares e ameaçou se matar, caso a polícia se aproximasse;

– Até o fechamento desta edição, Altmann perma­necia foragido.

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