Os candidatos a prefeito Ricardo Rockenbach (PP) e Genésio Hofstetter (PSB) apostam na qualificação da produção rural para melhorar a economia do município. O setor primário é responsável por 82% da arrecadação de ICMS. Firmaram o compromisso no debate promovido pelo jornal A Hora nessa quinta-feira.
Buscando a reeleição, Rockenbach afirmou que é necessário tornar os produtores mais técnicos e incentivar a implantação de tecnologia. Diz que esta é a melhor forma de se adequar às exigências do mercado e lucrar mais com a atividade.
Uma das alternativas é construir aviários no modelo dark – sem a entrada de luz. Para tanto, se comprometeu em manter programas e subsídios, em especial o Programa Integrado do Setor Primário (Pisa) em parceria com o Sebrae.
Visão diferente tem Hofstetter. Classifica a concessão de subsídios como paternalismo do setor primário. Afirma que a melhor maneira de valorizar a área é contratar mais técnicos que auxiliem os produtores rurais.
Outra promessa foi a de incentivar o aumento da produção, por meio de concessão de benefícios. Concederá R$ 0,01 a cada litro de leite e frango produzido no município, R$ 0,15 por leitão e R$ 1 por cabeça de suíno destinados à terminação.
Confira abaixo as propostas dos candidatos para os cinco assuntos elencados pelo jornal A Hora.
Pergunta livre entre candidatos
Pergunta de Genésio Hofstetter: Gostaria de saber do meu opositor (…) quando ele fez uma viagem para fora do Brasil, gostaria de saber dele quais os conhecimentos que pôde trazer (…). Porque (quero saber se) essa viagem teve um efeito positivo ou se foi meramente turística.
Resposta Rockenbach: “Em relação a nossa viagem à Europa (…) foi uma iniciativa da adminstração, que teve aprovação por unanimidade da câmara de vereadores, inclusive do seu vice. (…)Aquilo que a gente aprende fora do município é de uma relevância muito grande. (…) Se tem pessoas que têm como fazer isso sem se usar a condição pública, parabéns. Eu não tive, mas o poder público me deu. (…)Conheci o queijo parmesão, o salame de Parma (…).”
Réplica Hofstetter: (…) O que nós precisamos é ter uma clareza que outros administradores foram a essa viagem e eles pagaram (…) com os próprios recursos. O que para mim, pelo que você disse, apenas relatou os conhecimentos que trouxe para você. (…) Para mim, cheira claramente ao mau uso do poder público.
Tréplica Rockenbach: (…) Foi muito oportuno, de uma relevância muito grande. Não trouxe esse conhecimento para mim. Eu coloquei à disposição de todos, (…) a gente palestrou, conversou, repassou o conhecimento, a forma como as pessoas fazem. Quero só ressaltar um pouco que dentro das nossas condições somos muito burocráticos. Somos muito de proibir e de contestar, enquanto que hoje precisamos disciplinar (…).
Pergunta de Ricardo Rockenbach: A atual administração investe 25% na educação, 22% na agricultura, 21,8% na saúde, 17,5% nas obras, 8,38% na administração e 1,74% no gabinete(…). Gostaria de saber qual o setor que o senhor retiraria o dinheiro para cumprir as promessas eleitoreiras.
Resposta Hofstetter: (…) O meu opositor está achando de que tudo o que se fez dentro do município não foi feito através de uma avaliação de um fato extremamente positivo, com os pés no chão. (…) Quero lembrar na agricultura, os investimentos foram feitos na época. Tu chegaste a ser secretário de Agricultura. (…) Essa questão do recurso, dentro da própria Secretaria de Agricultura, teremos condições. É só usar a máquina pública com um pouco mais de responsabilidade(…).
Rockenbach: Eu só queria saber se o senhor poderia dizer de um setor em que há o mau uso do dinheiro público. Mas a garantia é de que o setor primário não teve um mandato seu que gastou mais de 13% enquanto estamos gastando 22,46%. E hoje há uma aprovação da comunidade, uma compreensão do nosso munícipe, de que a administração está no caminho certo (…).
Hofstetter: (…) Acho que o enxugamento da máquina é extremamente importante. As pessoas na rua cobram isso. Elas que estão vendo que quando passam dez veículos, sete são do poder público. E isso para nós não dá. Acho que temos que ter um controle. Só ali quero fazer economia para pagar todos esses investimentos que faremos no setor de produção, tanto nas aves, suínos e leite.