Município pede agilidade em negociação

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Município pede agilidade em negociação

Prefeito esteve em Brasília para tratar da compra da antiga Escola Cenecista

As negociações entre a administração muni­cipal e a Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (Cnec) estão indefi­nidas desde março. Na época, foi assinado um Decreto Público proi­bindo a venda do antigo prédio da Cnec que não fosse ao poder públi­co. A proposta de compra esbarra em desacordos referentes ao valor do imóvel.

cO prefeito Paulo César Kohlraus­ch viajou ao Distrito Federal para tratar do assunto com a diretoria nacional da instituição. Informa que a negociação é complexa por se tratar de uma discussão en­tre órgãos públicos. Acredita que uma definição sobre o assunto deve ocorrer hoje à tarde.

A compra do prédio era previs­ta para o fim de abril. Na época, a administração municipal ofereceu R$ 300 mil à entidade pelo prédio. O valor foi rejeitado pela Cnec, que exigiu um valor maior. “A demo­ra é normal. O importante é que o prédio só pode ser vendido para nós”, ressalta a secretária do Plane­jamento Ana Paula Mallmann.

O município formou uma co­missão que avaliou as condições estruturais do prédio para saber quais reformas serão necessárias.

A promessa do Executivo é adaptar o prédio para receber uma escola municipal de Ensino Fundamental a partir de 2013. Ana cita que a concretização do projeto depende das negociações com a Cnec.

Ao anunciar a proposta, em março, Kohlrausch ressaltou a crescente demanda por vagas na creche e nas redes municipal e estadual de ensino. O município pretende concretizar a compra do imóvel nos próximos dias para conseguir finalizar as reformas até o fim do ano

Moradores decepcionados

Há mais de 30 anos, a comu­nidade doou tijolos, cimento e ajudou a construir o prédio onde funcionou a Escola Estadual de Ensino Médio Santa Clara. Os mo­radores e ex-alunos estão frustra­dos ao ver o local abandonado e deteriorado pela ação de vândalos e do tempo.

O ex-diretor da Escola Cene­cista, Ângelo Braun está decep­cionado com a demora nas ne­gociações. Segundo ele, o prédio guarda a história do esforço co­munitário. E relembra que os es­tudantes frequentavam as aulas à noite e durante o dia ajudavam a construir a escola.

Saiba mais

A compra do prédio em Santa Clara do Sul foi des­cartada pela administração municipal no fim de 2010, em função do valor exigi­do pela Cnec ser três vezes superior ao oferecido pelo executivo, cerca de R$ 600 mil. Na época, o poder pú­blico acreditava que o preço era elevado, sendo que foram pais e alunos que construíram boa parte da estrutura, e o terreno havia sido doado pelo então governo de Lajeado,em 12 de outubro de 1965.

A escola foi inaugurada em 12 de setembro de 1982. Para que aulas pudessem ocorrer no local, a comunida­de construiu o prédio e doou a área de terras para a Cnec. As aulas ocorreram no local até 2006, quando a escola estadual se mudou para um novo prédio.

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