Município assume rodovias estaduais

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Município assume rodovias estaduais

Vereadores aprovaram o repasse de dois quilômetros da RSC-453 e da ERS-129

Dois trechos de rodovias estaduais, que passam no perímetro urbano, serão de responsabilidade da administração municipal. O projeto do Executivo de municipalizar um quilômetro da RSC-453 – a Rota do Sol – e outro da ERS-129 foi aprovado pelos vereadores na sessão de ontem.
Pela proposta o município fará a manutenção da ERS-129 entre a rua João Lino Braun, no bairro Boa União, até o entroncamento com a rua Ministro Adauto Lúcio Cardoso, no São José.
eOutro trecho transferido fica no intervalo entre o trevo de acesso à BR-386 até o entroncamento com a Av. Guilherme Siepmann. No local, o fluxo intenso de caminhões no bairro Boa União gera reclamações da comunidade.
Conforme o prefeito Celso Brönstrup, a medida possibilita investimentos do município para adequar o trânsito nos locais. Segundo ele, há um projeto para construção de uma rótula na curva da rua João Lino Braun para desviar o tráfego de caminhões direto à BR-386.
Brönstrup critica a inércia do governo do estado frente ao descumprimento do projeto inicial da RSC-453. “O trânsito de caminhões pesados dentro da área urbana causa problemas para os moradores e comerciantes do bairro.”
Para ele, a municipalização dos dois quilômetros das rodovias estaduais é a alternativa mais adequada para melhorar o trânsito. Outro aspecto ressaltado pelo prefeito diz respeito aos investimentos em manutenção e reformas.
De acordo com ele, o Tribunal de Contas do Estado orienta os prefeitos para que não invistam em estradas que estão fora do domínio municipal.
A municipalização dos trechos foi tema de audiência entre Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), Executivo e Ministério Público, em junho. Na ocasião, foi definida a reforma da ponte sobre o Arroio Boa Vista, interditada desde o fim de março.


População aprova mudança
Moradores, empresários e motoristas acreditam que o município poderá manter as estradas em melhores condições de trafegabilidade. Na opinião de Claudio Seibel, proprietário de uma empresa que fabrica reboques na rua João Lino Braun, o trânsito no trecho da RSC-453 é caótico devido ao fluxo de caminhões.
Com a municipalização, comenta que o projeto para construir uma rótula pode facilitar o acesso dos veículos à BR-386 e dar mais segurança aos estudantes da Escola Nicolau Müssnich.
O metalúrgico Olavo Seibel mora próximo da rodovia ERS-129, trecho entre os bairros Boa União e São José. Diz que as condições são precárias. Segundo ele, o Daer dificilmente faz algum reparo na via.
Cirineo Benine mora as margens da estrada, que está interditada desde o fechamento da ponte sobre o Arroio Boa Vista. Para ele, indiferentemente de quem for a responsabilidade pelo trecho, ressalta que é necessário manter o local em condições de tráfego.
Para o barbeiro Valdaci de Souza, a medida de municipalizar os dois trechos estatais possibilita melhores condições de conservação. “Se depender do Daer, as estradas continuam do mesmo jeito.” Como exemplo cita a ERS-130, em Arroio do Ouro.
Dono de uma loja de instrumentos musicais no bairro Boa União, Ismael Luedke relata que muitos motoristas reclamavam da fiscalização feita pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE) no trecho da RSC-453 que liga à BR-386.
As multas aplicadas no local geraram discussões entre a polícia e a comunidade. Moradores do bairro se reuniram com oficiais da PRE e questionavam a validade das autuações. Uma ação popular foi organizada para mostrar que haviam escrituras públicas que mostravam que a rodovia estava em nome do município.

Projetos aprovados
Outros dois projetos foram aprovados pelos parlamentares. O primeiro autoriza o Executivo a abrir crédito suplementar no valor de R$ 61,5 mil para atender despesas com a premiação do Estrela Premiada, a continuação da obra no Ginásio do Boa União e para a Casa de Repouso Bom Samaritano. O outro trata da contratação temporária e emergencial de dois professores das Séries Iniciais.

Veto rejeitado
O prefeito rejeitou a proposta do Legislativo de nomear a creche em construção no bairro das Indústrias de Paulo Freire. O veto foi rejeitado por seis votos a dois. A administração municipal tem 48 horas para sancionar a proposta.

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