Uma operação conjunta entre Polícia Civil (PC) e Brigada Militar (BM) encontrou um desmanche de caminhões no interior do município. Na área de terras de difícil acesso funcionava também um rinhadeiro. Ninguém foi preso.
As informações chegaram à polícia por meio de uma ligação anônima. O local é afastado do centro, mas de acordo com o delegado Mauro Mallmann, era estruturado para o crime.
O delegado conta que na primeira entrada da área foi localizada uma casa com a porta da frente aberta e com as luzes ligadas. “Era visível que alguém estava lá dentro e fugiu.”
Alguns metros depois a polícia encontrou um pavilhão. Dentro dele havia arquibancadas sustentadas com chassis de caminhão, uma copa para venda de bebidas e no centro, uma estrutura para rinha de galos. Animais não foram encontrados.
Na área externa, em outra entrada, foram achados restos de carroceria de caminhão e pelo menos 20 para-brisas quebrados.
Em um outro galpão recém-construído havia um caminhão caçamba com placas de um veículo idêntico de Esteio. A suspeita é de clonagem e de que o veículo servia como circulação para os bandidos.
No mesmo momento, policiais notaram que em outra entrada da área havia uma estrada nova que, de acordo com o delegado, foi aberta há menos de uma semana. Seguindo o caminho, foi encontrado outro caminhão baú roubado de São Leopoldo.
O delegado Mallmann informa que se trata de uma quadrilha especializada em desmanche de veículos de porte maior. Segundo ele, os criminosos agem no interior, mas recebem apoio de pessoas da região metropolitana.
Diz que pela característica do local e pelo fato de estarem ampliando a estrutura, se cogita que os criminosos estejam articulados com mais regiões.
A polícia investiga o caso e os suspeitos. Entre eles, os proprietários da área. Mallmann cita que os veículos eram desmanchados no local, mas no mesmo dia, eram encaminhados para outra.