Sindisaúde cobra investigação do MP

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Sindisaúde cobra investigação do MP

Sindicato quer explicações sobre suposto assédio sexual no Hospital Bruno Born

aO caso do suposto assédio sexual e moral envol­vendo o atual presiden­te do Hospital Bruno Born (HBB), Claudinei Fracaro, foi encaminhado ao Ministério Público (MP) nessa sexta-feira. A cobrança por uma investigação é do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Sindisaúde) de Lajeado e do Vale do Taquari.

Fracaro nega o fato. Ele é acu­sado por uma ex-funcionária de mandar, durante um ano e sete meses, mensagens de celular e e-mails com conteúdos e insinu­ações impróprias. Ela pediu de­missão no início do mês e moverá processo judicial contra o presi­dente. A denúncia na Delegacia da Mulher será feita ainda esta semana pela ex-funcionária.

Segundo o presidente do Sin­disaúde, Roberto Silva de Souza, a vítima confirmou ao sindica­to, no momento de homologar a rescisão de contrato, a versão publicada em reportagem em 21 de junho. Assédio sexual com propostas indecentes enviadas por mensagens de texto e ofensas morais dentro do ambiente de trabalho são as principais acusa­ções da ex-funcionária.

Conforme o ofício enviado ao promotor de Justiça crimi­nal, Ederson Luciano Vieira, o sindicato cobra investigação minuciosa do caso. “Havendo a comprovação do fato, queremos a reparação dos danos à vítima e a punição exemplar do acusa­do”, diz Souza. Ele afirma, ain­da, que a vítima está abalada, motivo pela qual ela pediu de­missão do cargo.

Outras reclamações sobre o HBB

O presidente do Sindisaúde comenta que cerca de 20 recla­mações de assédio moral contra profissionais do HBB chegaram até o sindicato desde janeiro de 2011, mas que a falta de provas e denúncias das vítimas impede uma ação mais contundente do órgão. “Temos a convicção que uma punição justa poderá evitar a proliferação de novos casos.”

Segundo Souza, há um pro­cesso contra o hospital sendo analisado no Ministério Público do Trabalho em Santa Cruz do Sul. Responsável pelos trâmites da ação, a procuradora Enéria Thomazini confirma que houve uma denúncia trabalhista con­tra o HBB, mas informa que foi arquivada no dia 30 de maio por falta de elementos necessários para investigação.

A procuradora afirma que in­timou o sindicato para prestar mais esclarecimentos, no entan­to não foram informados deta­lhes e nomes de envolvidos nos casos. Ela afirma que o inquérito poderá ser reaberto, caso sejam apresentados novos elementos.

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