A 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) começou a receber mais vacinas contra a gripe A. Nessa quinta-feira, cinco mil doses foram repassadas à região. Até o fim da próxima semana, mais 25 mil serão enviadas pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Segundo o coordenador da CRS, Jolci Leo Bolsi, a distribuição para os municípios leva em consideração o número de habitantes. Segundo ele, a prioridade são pessoas que integram os grupos de risco, em especial gestantes e crianças entre seis meses e dois anos.
Bolsi informa que os municípios têm autonomia para redefinir as orientações conforme as necessidades da população. Outra medida adotada será atender as cidades que não alcançaram a meta de imunizar 80% das pessoas dos grupos de risco.
Durante a campanha de vacinação, 51.524 pessoas foram vacinadas na região. Destas, 5.016 crianças, 4.453 profissionais de saúde, 2.117 gestantes, 133 indígenas e 39.971 idosos.
Levantamento da SES confirmam 99 casos de gripe A no Rio Grande do Sul, com 15 óbitos. No Vale, cinco pessoas foram diagnosticadas com a doença – três em Teutônia e duas em Encantado.
“Há quatro anos vacinamos os mesmos grupos”
Para o médico pneumologista e diretor do Hospital Bruno Born (HBB), de Lajeado, Claudio Klein, a definição das pessoas que precisam ser imunizadas deve ser revista. “Há quatro anos vacinamos os mesmos grupos.”
Cita como exemplo os Estados Unidos, que oferece a vacina para toda a população. Segundo ele, as mortes e os casos mais graves de pacientes com a gripe A ocorrem fora dos grupos de risco. Klein relata que desde o surgimento do H1N1, em 2009, não há registro de mutação do vírus.
O médico informa que a orientação do Ministério da Saúde, de fazer a vacina todos os anos é acertada, pois outras formas do vírus da gripe se modificam. Klein ressalta que, depois de receber a dose, o sistema imunológico cria anticorpos que duram por mais de um ano.
Medidas de prevenção
– Lavar as mãos com frequência;
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
– Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
– Lavar as mãos após tossir ou espirrar;
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
– Não partilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;
– Evitar aperto de mãos, abraços e beijo social;
– Reduzir contatos sociais desnecessários e evitar, dentro do possível, ambientes com aglomeração;
– Evitar visitas a hospitais;
– Ventilar os ambientes.