Sob o protesto de um público superior a 40 pessoas, seis vereadores aprovaram o aumento dos subsídios para 2013. Hoje, devido a uma decisão judicial que retém parte do valor, eles recebem líquido R$ 3,5 mil por mês.
A partir da próxima legislatura, quando serão 15 parlamentares, os valores mensais chegarão a R$ 5,5 mil líquido por vereador. Um acréscimo de 57%. Com o reajuste e o número maior de vereadores, o gasto com subsídios será superior a R$ 1 milhão por ano. Hoje, o valor anual é de R$ 420 mil. Um aumento de 138%.
A proposta da Mesa Diretora era de reduzir em 40% os subsídios dos legisladores. Porém, um pouco antes da votação, Antônio Scheffer (PTB), Círio Schneider (PP), Paulo Tóri (PPL), Mozart Lopes (PP), Lorival Silveira (PP) e Eloede Conzatti (PT) assinaram emenda, propondo aumento para R$ 5,5 mil. Outra emenda, assinada pelos mesmos parlamentares, aumenta para R$ 6,5 mil o subsídio do presidente da câmara.
Sérgio Kniphoff (PT), Delmar Portz (PSDB) e Hugo Vanzin (PMDB) foram contra as duas emendas e a favor da proposta de redução apresentada e defendida pelo presidente Rui Olíbio Reinke (PSDB). Durante a votação das emendas e do projeto, nenhum parlamentar se pronunciou.
Foram rejeitados os outros dois
Sob o protesto de um público superior a 40 pessoas, seis vereadores aprovaram o aumento dos subsídios para 2013. Hoje, devido a uma decisão judicial que retém parte do valor, eles recebem líquido R$ 3,5 mil por mês.
A partir da próxima legislatura, quando serão 15 parlamentares, os valores mensais chegarão a R$ 5,5 mil líquido por vereador. Um acréscimo de 57%. Com o reajuste e o número maior de vereadores, o gasto com subsídios será superior a R$ 1 milhão por ano. Hoje, o valor anual é de R$ 420 mil. Um aumento de 138%.
A proposta da Mesa Diretora era de reduzir em 40% os subsídios dos legisladores. Porém, um pouco antes da votação, Antônio Scheffer (PTB), Círio Schneider (PP), Paulo Tóri (PPL), Mozart Lopes (PP), Lorival Silveira (PP) e Eloede Conzatti (PT) assinaram emenda, propondo aumento para R$ 5,5 mil. Outra emenda, assinada pelos mesmos parlamentares, aumenta para R$ 6,5 mil o subsídio do presidente da câmara.
Sérgio Kniphoff (PT), Delmar Portz (PSDB) e Hugo Vanzin (PMDB) foram contra as duas emendas e a favor da proposta de redução apresentada e defendida pelo presidente Rui Olíbio Reinke (PSDB). Durante a votação das emendas e do projeto, nenhum parlamentar se pronunciou.
Foram rejeitados os outros dois
“Sinto vergonha de nossos vereadores”
O apelo de uma jornalista instigou o público. A plateia quebrou o silêncio dos vereadores no momento de discutir o aumento dos próprios subsídios com gritos de “vergonha”. Alguns alertavam os parlamentares sobre a próxima eleição. “Vocês sentirão isso na hora do voto.”
Vice-presidente da Associação de Moradores do Bairro Centro, Flávio Dresch era um dos mais exaltados.
Lembrou que pesquisa recente mostrou que 89% da população é favorável à redução dos valores. “Não ficam nem vermelho de vergonha ao desprezar a opinião pública”, disse, antes de deixar o plenário.
Moradora do bairro Morro 25, Maria de Fátima Higino da Silva também criticou a atitude da maioria dos legisladores. “Sinto vergonha de nossos vereadores. Se é para trabalhar duas horas por semana e receber R$ 5 mil, eu também quero”, ironizou.
As críticas de novos eleitores, que estiveram em bom número na sessão de terça-feira foram incisivas. O estudante Rodolfo Antoniazzi, 17, votará pela primeira vez este ano.
Afirma estar decepcionado com os atuais vereadores e ironiza os erros de português na fala de alguns vereadores. “Falta qualidade a esses políticos. Como podem aprovar aumento e não justificar?”
Salários retidos desde 2009
Uma ação movida pelo promotor Carlos Augusto Fioriolli, em fevereiro de 2009, retém parte dos subsídios dos parlamentares. Com isso, dos R$ 5,5 mil brutos, R$ 1,9 mil ficam retidos. Em agosto de 2011, a juíza acatou ação de Fioriolly, definindo que cada vereador receba de forma permanente R$ 3,5 mil até o fim dessa legislatura.
O projeto de lei que fixou os subsídios dos vereadores para a legislatura de 2009 a 2012, aumentando em 55,6% o valor, foi aprovado pelo Legislativo junho de 2008 e vetado pelo Executivo. O veto foi derrubado posteriormente pelo Legislativo com voto de seis parlamentares, entre eles o do presidente da Câmara na época, Márcio Klaus. Fioriolli argumenta que a lei municipal prevê veto por meio do voto de seis vereadores sem a participação do presidente.