Comunidade busca apoio contra pedágio

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Comunidade busca apoio contra pedágio

Em audiência, reivindicações foram apresentadas à Comissão de Assuntos Municipais

a A insatisfação dos moradores e poder público com o alto valor cobrado na praça de pedágio de Picada May, na BR-386, levou a comunidade a realizar uma audiência pública, ontem, na sede da União Centenária.

Mais de 30 pessoas cobraram maios participação do governo para pressionar a Sulvias. Entre as reivindicações estão a unificação da tarifa, isenção dos moradores locais da cobrança e melhorias no trevo de acesso ao município.

O pedágio tem o valor mais alto do estado, de R$ 13,40 para veículos de passeio. Algumas localidades recebem isenção e pagam R$ 3,35. “Nossos parentes não nos visitam mais. Imagine, ida e volta eles pagarão R$ 26,80. Isto é um assalto”, define o presidente do Legislativo, Lairton Heineck.

Ele observa que o pedágio é um divisor social e que muitas pessoas estão sendo prejudicadas pela falta de interesse da Sulvias em negociar com a comunidade. “Pagamos uma fortuna pelo deslocamento e nem ao menos temos um acesso descente ao município.”

O pedido foi apresentado à Comissão de Assuntos Municipais pelo líder da bancada do PSDB na Assembleia Legislativa, deputado Lucas Redecker, que garantiu levar os anseios da comunidade à assembleia.

Insatisfação

As proprietárias de um café colonial às margens da BR-386, em Picada May, Helena Stack Pereira e Marlise Pedó, reclamam que o alto valor do pedágio afugenta clientes. “Estamos há 43 anos aqui. Antes recebíamos clientes de todo o estado e agora sobrevivemos com o movimento diário da rodovia.”

Elas ressaltam que fazem promoções divulgando o local para a realização de festas, mas há poucos interessados. “Imagine se alguém comemora um aniversário aqui e todos precisaem pagar os R$ 26,80 do pedágio. É inviável”, diz. “Em nenhum momento a Sulvias fez um levantamento sobre os prejuízos que trariam à comunidade local abrindo um pedágio aqui.”

O proprietário do Camping da Pedra, Astor Fuchs trabalha no local desde 1993. Com a abertura do pedágio seu movimento caiu 70%. “Dependemos dos clientes que vêm da região de Lajeado e todos pagam pedágio. Se o preço não for reduzido, dificilmente conseguirei manter meu estabelecimento funcionando.”

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