Ladrão de bancos enfrenta novo júri hoje

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Ladrão de bancos enfrenta novo júri hoje

O ladrão de carros-fortes, José Carlos dos Santos, o Seco, volta hoje ao banco dos réus do Foro da cidade. Ele foi condenado por pelo menos 14 crimes, que so­mam 186 anos de reclusão.

Preso desde o dia 13 de abril de 2006, na Penitenciária de Alta Se­gurança de Charqueadas (Pasc), Seco teria que ficar recolhido até o dia 24 de fevereiro de 2191. Ele cumprirá pena até 2037, pois a lei penal brasileira determina pena máxima de 30 anos.

sSeco e o comparsa Carlos Edu­ardo Fernandes Moreira são julga­dos por quatro tentativas de ho­micídio, porte de arma e munição de uso restrito, adulteração de veí­culo e uso de documentos falsos.

Na madrugada de 13 de abril de 2006, a dupla trocou tiros com quatro policiais civis do Departa­mento Estadual de Investigações Criminais (Deic) em um posto de combustíveis às margens da BR-386, em Paverama.

Os bandidos abasteciam o ve­ículo Audi, roubado, com placas clonadas, quando foram surpre­endidos pelos agentes do Deic. Depois de troca de tiros, eles fo­ram baleados e presos.

A dupla estava com um fuzil automático AK47, de fabricação chinesa, um fuzil automático FAL argentino, duas pistolas nove milímetros, uma pistola ponto 40 e uma granada, sem detonador.

Entre 2002 e 2006, Seco esteve na lista dos dez bandidos mais procu­rados do estado. Todos os crimes cometidos estão relacionados com roubos a carros-fortes.

O primeiro júri em Teutônia ocor­reu em março de 2009, quando ele foi condenado por oito crimes: rou­bo ao banco em Paverama, três ten­tativas de homicídio, receptação de um Vectra, assalto a um empresário e formação de quadrilha.

Os crimes somam 41 anos e seis meses de reclusão. O último foi cometido três dias antes de ser preso, em 10 de abril de 2006. Seco derrubou, com um caminhão, a parede de uma filial da empresa Proforte, em Santa Cruz do Sul, e roubou cerca de R$ 3 milhões.

Segurança reforçada

Mais de cem policiais estão envolvi­dos em uma estratégia de segurança criada para o julgamento. A Brigada Militar (BM) vigia todo o perímetro urbano e entradas da cidade, enquan­to o setor de inteligência protegerá a juiza Ângela Lucian e o promotor de acusação, Jair João Franz.

O Grupo de Ações Táticas Espe­ciais (Gate), o Batalhão de Opera­ções Especiais (BOE) e o Núcleo de Operações da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Su­sepe) controlarão a segurança do prédio do Foro. A Susepe escoltará o veículo do acusado desde a Pe­nitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).

Durante a semana, a estratégia foi reforçada. A BM tem informações de que um grupo pretende resgatar o bandido na rodovia. A polícia pede para que, durante o trajeto, veículos mantenham distância do comboio.

Em 2009, quando o criminoso foi julgado pela primeira vez, o júri durou sete horas. Oitenta e três policiais (45 da Susepe e 38 da Bri­gada Militar de Teutônia, Lajeado e Estrela) fizeram a segurança do local para inibir tentativas de res­gate do criminoso.

Imagens serão proibidas no pe­rímetro do Foro por um pedido do acusado. Apenas a família e estu­dantes de Direito podem acompa­nhar o processo.

O júri estava marcado para o dia 24, mas foi cancelado porque Seco desistiu do advogado de defe­sa particular, Santo Veríssimo Ca­macho Rodrigues. Ele optou pela defensoria pública.

Condenações de Teutônia

Oito crimes foram apontados e o condenaram em 2009:

– Roubo ao Banco do Brasil em Paverama (seis anos e três meses);

– Três tentativas de homicídio no término do roubo ao banco (21 anos);

– Receptação de um Vectra usado no roubo ao banco e de um Gol encontrado no local onde a quadrilha se reunia (um ano, cinco meses e seis dias);

– Assalto a um empresário de Paverama (seis anos e três meses);

– Formação de quadrilha (dois anos e dois meses).

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