A volta das precipitações trouxe alívio para os agricultores na região. Os volumes chegaram a 78 milímetros em algumas cidades e favorecem a recuperação das pastagens do gado de leite e a semeadura das culturas de inverno.
Conforme o engenheiro agrônomo da Emater Regional de Lajeado, Martin Wanderer, o retorno da umidade permite a semeadura do trigo, atrasada em duas semanas. “Isso prejudica a produtividade. Projetamos perdas de até 10%.”
Diz que a chuva garante o rebrote das pastagens, podendo aumentar a oferta de leite nos próximos meses. Quanto à renovação das fontes de água, arroios, açudes e rios, informa que a quantidade de chuva registrada é insuficiente. “Teria que ter chovido pelo menos cem milímetros.”
O volume de chuva registrado na madrugada representa menos da metade da média de maio, que é de 130 milímetros.
Previsão do tempo
Para os próximos dez dias, não há previsão de chuva para a região. Amanhã haverá uma queda brusca na temperatura. A mínima deve chegar a 4ºC, sendo que nos pontos mais altos pode haver geada. A máxima será de 17ºC. No sábado e domingo, as temperaturas reagem e a máxima chega a 23ºC. Para a semana que vem deve persistir o frio e o tempo seco. (fonte – Clima tempo)
Alívio
O agricultor João Adão Collett, 68, de Arroio do Ouro, em Estrela, diz que choveu 74 milímetros na madrugada de ontem. No início do mês, semeou 15 hectares com forrageiras de inverno. A metade não germinou porque faltou umidade.
Com a volta das precipitações, ele conseguiu semear outros dez hectares ontem. “O solo úmido e o sol quente favorecem a germinação. A chuva veio em boa hora.”
Para manter o rebanho de 62 vacas de leite, Collett incrementou o trato com ração. Com a falta de pasto verde, o custo de produção subiu em 20%.
A média produzida por vaca é de 25 litros por dia. A estimativa era chegar a 27 para essa época, o que não foi possível em função da estiagem.