Mais de seis mil funcionários  ameaçam entrar em greve

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Mais de seis mil funcionários ameaçam entrar em greve

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O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Avícolas e Alimentação em Geral (Stial) negocia aumento de salário para cerca de seis mil trabalhadores. A proposta de 3,3% de reajuste e a volta do banco de horas foram rechaçadas pela categoria.

Conforme o presidente da entidade, Adão Gossmann, o índice é menor que a inflação no período – que foi de 4,88%. Quanto ao banco de horas, diz que isso seria um retrocesso. Segundo ele, o pagamento das horas extras é uma conquista da classe, que não aceitará exceder a jornada e depois trocar por folga.

fAs melhorias reivindicadas pelo Stial é o aumento dos salários em 4% acima da inflação, piso inicial de R$ 880 por 44 horas semanais. De acordo com Gossmann, são necessários dez minutos de descanso para cada 50 minutos trabalhados nas linhas de produção dos frigoríficos; licença-maternidade de seis meses e auxílio-creche de 30% sobre o piso da categoria.

O sindicato solicita 5% de aumento para funcionários que completam cinco anos de trabalho, adicional noturno, 16 horas pagas para levar os filhos aos médicos e uma troca de uniformes.

Para Gossmann, a falta de mão de obra do setor, em especial nos frigoríficos, pesa nas negociações. Acredita que com a demanda de vagas maior que a oferta, os trabalhadores não aceitarão índices menores que a inflação. “É hora das empresas valorizarem os funcionários.”

Caso as negociações não evoluam até a primeira quinzena de junho, o Stial realiza uma assembleia geral para votar o estado de greve.

Aumento

A proposta do sindicato é considerada correta pelos trabalhadores, principalmente o novo piso. Hoje, eles recebem R$ 755 por mês. Há três anos em uma indústria de frangos, Cláudia da Silva ressalta que a reivindicação é justa. Avalia que o aumento será importante para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores.

O industriário Leandro Vargas diz que o sindicato está atendo as necessidades dos trabalhadores. “O aumento deve ser acima da inflação.”

Um outro funcionário que acredita que as indústrias dificilmente atenderão todas as reivindicações. Comenta que as negociações não avançarão e que a greve é inevitável.

Estão marcadas reuniões com a Cosuel, em Encantado, e com a BRF-Brasil Foods. A cooperativa encantadense propôs 6% de reajuste. No dias 31 de maio, novo encontro está marcado.

Para trabalhadores do setor de alimentação geral, que engloba o setor de candies, panificação, confeitaria, indústria de bebidas, sucos e concentrados, ocorrem reuniões no dia 30 de maio, 12 e 15 de junho.

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