Promotoria analisa supostas irregularidades

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Promotoria analisa supostas irregularidades

Novas suspeitas recaem sobre as obras feitas pelo Executivo e, por consequência, atin­gem o ex-secretário de Obras e hoje vereador Mozart Lopes (PP). O colega Sérgio Kniphoff (PT) en­trega hoje ao Ministério Público (MP) os documentos das supos­tas irregularidades.

Com um ofício pede à Promo­toria que instaure um inquéri­to civil contra a administração municipal. Para o petista, há irregularidades em dois ser­viços prestados pela empresa Pavilama, de Triunfo.

cA primeira é em relação à “operação tapa-buracos”. Conforme Kniphoff, o mu­nicípio realizou parte do serviço. Apresentou fotos ao público, nas quais aparecem caminhões e máquinas da administração municipal próximo dos da Pavilama. Servidores também esta­riam auxiliando os funcio­nários da contratada.

Kniphoff argumenta que o auxílio contraria a primeira cláusula do contrato, firmado em novembro de 2011. No do­cumento, consta que o serviço deve ser prestado apenas pela contratada “sem quaisquer ônus ou solidariedade” por parte do Executivo. O serviço custou R$ 251.013,40.

Outra dúvida é em relação à construção de ciclovias em nove ruas do município. Em uma das fotos, aparecem ser­vidores e máquinas do muni­cípio, atuando ao lado dos da empresa contratada, na rua Santos Filho, próximo do Par­que Professor Theobaldo Dick.

Para o petista, é outra irregu­laridade. As cláusulas que dis­põem sobre a responsabilidade da Pavilama são semelhantes. A obra custou R$ 794.722,11.

Lopes contraria contrato

Lopes se defende das acusa­ções de Kniphoff. Afirma que a operação tapa-buracos é realizada em parceria com a empresa. O material é cedido pelo Executivo e a Pavilama entra apenas com o cortador, o compactador de pavimento e os operários.

Porém, a informação de par­ceria contraria o parágrafo terceiro da primeira cláusula do contrato sobre a operação. “Todos os equipamentos e ma­teriais para a realização dos serviços serão de responsabili­dade da contratada.”

Para Lopes, não há irre­gularidade. “Não tem como a Conpasul entregar para a empre­sa o asfalto sendo que fomos nós que compramos.” Segundo ele, o contrato beneficia o município.

A operação tapa-buracos é realizada para corrigir as de­formações causadas nas ruas pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). Lopes acrescenta que paga à Pavila­ma R$ 25 por metro quadrado e cobra R$ 62,25 da Corsan.

Sobre a outra insinu­ação, informa que os servidores municipais reali­za­ram outra obra. Retiraram duas sapatas de concreto da rua Santos Filho, para que a empresa pu­desse construir a ciclovia.

R$ 1,2 milhão em contratos

O Executivo fir­mou três contratos com a Pavilama em 2011. O primeiro, firmado em março, é para construir ciclovias em cinco ruas do município. O investimento foi de R$ 149.831,90.

Os outros dois – no qual Kniphoff apontou irregula­ridades -, somam R$ 1.045.735,51. Um total de R$ 1.195.567,41.

A empresa não atendeu aos te­lefonemas da reporta­gem.

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