A coligação em torno do nome de Ito Lanius como pré-candidato a prefeito foi cancelada na noite de ontem. Em uma reunião no Clube Tiro e Caça (CTC), com a maioria dos partidos aliados, o PMDB anunciou, nas entrelinhas, o acordo com o PT. Agora, o partido indicará um nome para o cargo de vice-prefeito na futura nominata.
O encontro durou quase duas horas. Mesmo com a pressão das cerca de 20 pessoas presentes, Lanius descartou a possibilidade de ser o vice de Luis Fernando Schmidt, pré-candidato petista. Conforme ele, o PMDB precisa se valorizar mais.
Com isso, iniciou a negociata com os petistas. Lanius afirma que a decisão não é definitiva. Dependerá do PT em aceitar as propostas do então pré-candidato a prefeito, que serão encaminhadas à executiva peemedebista nos próximos dias.
Entre as exigências, está a inclusão de um planejamento estratégico para o município e mais espaço no governo. “Não falo em termos de cargos, mas sim em poder de decisão.”
A coligação firmada até ontem – e reafirmada na quarta-feira da semana passada, em reunião com o então parceiro Daniel Fontana, do PC do B -, foi desfeita. Alguns partidos ainda se decidirão sobre o caminho a seguir. Informações extraoficiais dão conta que PTB, PPS e PSD se juntam aos peemedebistas. PSDB e PC do B devem se unir com o PP.O PV é a única incógnita.
Qualquer nome
O petista Schmidt aguarda uma posição oficial do PMDB. Para ele, Lanius é o melhor nome para compor a dobradinha, mas diz que vai respeitar a posição do agora aliado. Qualquer nome indicado será aceito pelo PT.
Schmidt acrescenta que as conversas iniciaram há tempos. O PDT foi outro que intensificou as tratativas. Antes com direito a indicar o vice à pré-candidatura, Enio Bacci – líder da sigla no município – declinou o cargo para seduzir o PMDB.
Fontana se abstém
Fontana sabia do encontro, mas desconhecia o teor. Tinha a informação apenas que se referia às eleições. Ele não quis dar mais informações a respeito da decisão. Restringiu-se a comentar que os partidos têm liberdade para escolher os caminhos a seguir.
A tendência é de que o PC do B se alie ao PP – repetindo o acordo firmado entre os dois partidos para Porto Alegre, encabeçado pelas senadora progressista Ana Amélia Lemos e pela deputada federal comunista Manuela D’Ávila. Fontana nega que tenha conversado com o PP.
O presidente dos progressistas lajeadense, Marcelo Caumo, também nega as conversas.