As dificuldades da 3ª Coordenadoria Regional da Educação (3ª CRE) em nomear novos professores permanecerá. Dos 1.788 candidatos da região para as vagas aberta no magistério estadual, 1.518 reprovaram – um índice de 84,9%.
Só 133 foram aprovados. O número não preenche nem metade das vagas dispostas pelo estado às 90 escolas que pertencem à 3ª CRE. Há 292 postos de trabalho para diversas disciplinas do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
O resultado negativo surpreendeu a coordenadora Marisa Bastos. “Esperávamos que pelo menos mil passassem, preenchendo as vagas que serão deixadas pelos professores que se aposentarão.”
Marisa atribui dois fatores para a reprovação: o último concurso público para o magistério estadual foi há sete anos; e é a primeira vez que as provas exigiam conhecimentos em outras áreas.
Para a coordenadora, o resultado também mostra a necessidade dos professores de se atualizarem na profissão. Afirma que é o momento de avaliar a formação acadêmica e preparar os profissionais para esta nova visão educacional do estado.
“Não achei a prova difícil”
A prova foi aplicada pelo estado em abril e teve a participação de 63,7 mil candidatos – ante 69.855 inscritos. Após a aplicação, Marisa analisou a prova. “Não achei ela difícil.”
Candidatos que a procuraram depois do concurso reclamaram da dificuldade, mas disseram que ele cumpriu o que estava estipulado no edital. As regras mudaram conforme a última vez que o estado abriu vagas por meio de concurso público: agora, os interessados deveriam acertar um mínimo de questões em todas as provas.
“Teve candidato que foi bem na prova específica (da disciplina que lecionaria), mas foi mal na de português.” A língua portuguesa foi princípio básico para todos os cargos abertos.
Marisa espera que o resultado estimule os candidatos a se prepararem melhor para os próximos concursos públicos. Entre eles, dar mais atenção aos estudos após a conquista do diploma.
Concurso público em 2013
O resultado negativo é visto em todo o estado. Foram abertas dez mil vagas para o magistério, mas só 5.225 candidatos foram aprova dos – o equivalente a 7,55% – e é insuficiente para sanar o déficit de professores nas escolas estaduais.
Depois da divulgação dos aprovados, o secretário estadual de Educação, José Clóvis de Azevedo anunciou um novo concurso público. A data está em análise, mas a previsão é que ocorra no início de 2013 para preencher os postos disponíveis. Também serão abertas vagas para funcionários de escolas.
Sobre o baixo número de aprovados, foi ponderado. “O fato do professor não passar no concurso não significa necessariamente que o candidato seja um mau professor”. Para Azevedo, um conjunto de fatores contribuiu para o resultado. Acredita que os professores reprovados não têm formação adequada para lecionar nas escolas públicas.
A classificação final será divulgada após a Prova de Títulos (que equivale a 20% da pontuação total). Os candidatos devem acompanhar a divulgação dos prazos no site da FDRH. O Departamento de Recursos Humanos da Seduc deve nomear os aprovados a partir de agosto.