Liberação de projetos demora até cinco meses

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Liberação de projetos demora até cinco meses

A demora da Secreta­ria de Planejamento (Seplan) em liberar projetos para novas construções atrasa obras na cidade em até cinco meses. A Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Taquari (Seavat) sugere que a admi­nistração municipal contrate uma consultoria para reestru­turar o setor.

cA reclamação é de que o pro­blema, que persiste há mais de dois anos, aumenta a cada mês. O presidente do Seavat, Irno Lenz diz que representan­tes da entidade, da Associação Comercial e Industrial de Lajea­do (Acil) e do Sindicato dos Con­tabilistas do Vale do Taquari (Sincovat) conversaram com o Executivo no mês passado.

Conforme Lenz, o governo municipal afirmou que nego­ciaria com uma consultora de Porto Alegre para analisar o setor. Na próxima semana está marcada uma nova conversa sobre o assunto.

Em julho de 2011, o Jornal A Hora promoveu um debate entre empre­sários, investidores da construção civil e representantes públicos para discutir os problemas do se­tor. Na ocasião, o Executivo se com­prometeu em agilizar os processos simples que levavam cerca de três meses para serem liberados. Con­tudo, demora aumentou.

Empresários buscam alternativas

O proprietário de uma constru­tora e engenheiro civil Luis Carlos Sartori planeja construir um pré­dio no fim do ano, mas na próxima semana encaminhará o projeto para que não haja atrasos na obra. “Infelizmente precisamos nos adaptar à realidade da secretaria.”

Para ele, é preciso criar uma equipe de trabalho a fim de reduzir o número de processos antigos. “É o projeto que espera o profissional, quando deveria ser o contrário.”

O engenheiro aponta erros no processo. Diz que há muita bu­rocracia e análise criteriosa em excesso. Segundo ele, os profissio­nais deveriam controlar detalhes básicos, como recuos e plano dire­tor, e exigir mais quando da libe­ração do habite-se.

Cinco clientes dele aguardam com projetos na Secretaria de Planejamento de Lajeado, sem previsão para serem avaliados. Cada um passa por três setores: protocolo, Núcleo de Cadastro Imobiliário e Planejamento.

Seplan culpa profissionais

Conforme a equipe da Se­plan, a maioria dos projetos de construção encaminhados à administração municipal tem erros, dependendo de novas análises até a aprovação.

Os equívocos mais comuns constatados pela equipe são: a ausência de documentos, projetos incompletos e em desacordo com a legislação municipal.

A equipe da Seplan é respon­sável por outros serviços como: elaboração de projetos, análise de alvarás para funcionamento de empresas e atendimento na pres­tação de informações a engenhei­ros e arquitetos.

Segundo o engenheiro Franck Bersch, o tempo da análise dos pro­jetos que apresentam problemas determina o atraso das liberações. “Isso prejudica os profissionais que encaminham projetos em acordo com as exigências da secretaria.”

Em média, a aprovação de um projeto varia de acordo com o tipo de construção e a complexi­dade da obra.

Decreto instituído em 2011 es­tipula um prazo de 30 dias para as liberações. Bersch diz que a nova forma de encaminhamento foi elaborada em conjunto com o Sindicato dos Engenheiros e Arqui­tetos do Vale do Taquari (Seavat). “O propósito foi de reduzir o tem­po de análise, mas é necessário um tempo de adequação, pois a defasagem na análise no ano passado era de 120 dias.”

Por mês chegam, em média, 90 novos projetos, que totalizam cer­ca de 45 mil metros quadrados de construção. Em 2011, os seis ar­quitetos da Seplan analisaram 1,9 mil processos, totalizando 569 mil metros quadrados de obras.

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