As negociações para definir uma área compatível às exigências do Ministério da Educação, visando à instalação do instituto técnico federal no município, estão prestes a ser concluídas. Depois de oito meses de tratativas e 17 espaços avaliados, o Executivo deve anunciar nesta semana um terreno no bairro Olarias.
Uma área de três hectares foi oferecida pelo Clube Esportivo Olarias. Em troca, a administração municipal investirá cerca de R$ 1,8 milhão na infraestrutura do clube.
Conforme um dos articuladores, o empresário Sérgio Rambo, em reunião realizada na sexta-feira com os sócios do clube ficou acordado que a comissão não quer dinheiro. “Nossa reivindicação é de que o município construa um novo salão de festa e melhore a estrutura do campo.”
Ontem à noite, uma assembleia marcou o início das tratativas. Três sócios e o presidente do Olarias participaram das negociações com o município. Eles serão os responsáveis em fiscalizar os investimentos feitos no clube.
Rambo informa que a comissão aposta no desenvolvimento do bairro Olarias e dos vizinhos Campestre, Centenário e Santo André, que terão proximidade com instituto federal. Ele analisa que haverá valorização dos lotes e incentivo à educação aos jovens locais.
A técnica de Segurança do Trabalho, Sandra Schneider mora a três quadras da área. Ela ficou surpresa, mas feliz com a notícia. Diz que se os cursos foram interessantes para sua carreira, estudará no instituto. “Imagina se não vou estudar de graça do lado de casa.”
A área foi uma das primeiras analisadas pelos técnicos do instituto, mas não serviu porque era pequena. Agora, para auxiliar no processo, o clube optou em ampliar o espaço cedido, porque não afetaria na estrutura existente.
Localização aprovada
O professor Luís Afonso Tavares Alves da Fonseca, que será o diretor geral do instituto, aprova o local, em especial pela logística urbana: tem transporte, água, luz, facilidade no acesso e asfalto. Diz que agora o Departamento de Projetos e Obras avaliará a área e se há possibilidade de construção.
Para acelerar o processo, o governo municipal anunciou, na semana passada, que arcará com os custos adicionais de topografia do local, como terraplenagem. O valor poderá chegar em até R$ 500 mil, dependendo da área.
Até agora, todos os terrenos apresentados pelo Executivo tinham problemas, seja no tamanho seja na topografia. No início da semana passada, quatro foram reencaminhados para análise. E outra vez rejeitadas.
O instituto oferecerá, em princípio, três cursos técnicos na cidade, que serão escolhidos pela comunidade em audiências públicas. As aulas são gratuitas e para ingressar o candidato passará por um processo seletivo, semelhante a um vestibular. O orçamento da obra é de R$ 12 milhões.
Exigências
– fácil acesso;
– transporte urbano;
– topografia adequada;
– água, luz, internet e telefone;
– área maior que três hectares;
– via asfaltada.