As constantes reclamações dos clientes sobre a demora no atendimento nas agências bancárias motivaram a criação de uma lei municipal. Entre as adequações aprovadas pelo Legislativo, na segunda-feira, está o limite no tempo de espera – 15 minutos em dias normais e 25 minutos em vésperas e retornos de feriados prolongados.
Os bancos têm até julho para se ajustarem às mudanças, incluindo a instalação de mais caixas. O descumprimento das normas acarretará advertências, multa de até R$ 2 mil na quinta reincidência e suspensão do alvará de localização e funcionamento da agência no município.
Conforme o autor da lei e vereador suplente, Osvaldo Delazari (PTB), a regra existia desde 2007, mas faltou acompanhamento no prazo de cumprimento, tornando-a inválida. Por isso, foi reajustada e reaprovada.
As informações sobre o tempo máximo de espera e o contato para acusações ao órgão de fiscalização municipal devem ser afixados em local visível aos clientes. Das seis agências no município, três avisam o limite de espera e nenhuma informa o número de telefone para reclamações.
Gerente-geral de uma das agências, Carlos Roberto Stefanello conhece a lei, mas não recebeu informações sobre sua reformulação. Para ele, as normas não afetam o atendimento no banco, que tem sistema de monitoramento cronometrado.
Para a gerente Valéria de Sordi, a lei prioriza a satisfação do cliente. Na sua agência há apenas um caixa. Garante que são gerados relatórios diários de tempo de atendimento, identificando excedentes e buscando formas de evitá-los. “Orientamos alguns clientes na utilização do autoatendimento, diminuindo filas.”
Segundo um dos fiscais responsáveis, André Konrad, em breve as agências receberão um comunicado e cópia da lei aprovada para que se adaptem às normas. Para reclamar, as pessoas devem apresentar o tíquete contendo o horário de chegada e o de atendimento na agência, comprovando o tempo excedente de espera.
Até o momento, não há uma pessoa definida para receber as reclamações. Mais informações pelo telefone 3751-3400, no setor de fiscalização municipal.
Clientes exigem fiscalização
Para evitar filas longas e perda de tempo, a doméstica Maria de Fátima Vendramin, 51, vai ao banco em horários de menos movimento. Ela desconhece o tempo máximo de espera. Mesmo com a possibilidade de reclamar ao município, diz que não o faria. “Teria de enfrentar outra fila para isso.”
A aposentada Edilamar Pires, 60, aguarda pelo cumprimento da lei. Ela cita agências com placas de atendimento preferencial a idosos e gestantes onde as normas são ignoradas. “Tem só propaganda enganosa (sic).” Mesmo com as informações em local visível, ela espera a fiscalização devida.