Motoristas trafegam em ponte condenada

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Motoristas trafegam em ponte condenada

A precariedade da ponte sobre o Arroio Boa Vista, que liga o bairro Boa União à ERS-129, expõe os motoristas ao perigo. O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) realizou vistoria no dia 19 e solicitou ao muni­cípio a interdição da passagem.

A administração municipal repu­dia o parecer e afirma que a respon­sabilidade do trajeto é do estado. O prefeito Celso Brönstrup se sur­preendeu com o ofício enviado na segunda-feira pelo diretor-geral da autarquia, José Thormann. “Essa é mais uma responsabilidade que querem passar ao município.”

pConforme o Daer, o trajeto corres­ponde ao antigo traçado da ERS-129 e é de jurisdição da administração municipal. Informa que não há do­cumentos comprovando que a ponte é de encargo do órgão.

Essa é a mesma alegação da admi­nistração municipal. Brönstrup de­clara que a construção da ponte foi feita pelo estado. “Se não são respon­sáveis, por que fizeram a vistoria?” Garante que procurou o Ministério Público (MP) para cobrar que o Daer assuma a reforma da estrutura.

Mesmo com os riscos, motoristas trafegam pelo local. O pedreiro Nilson Nichschneider, morador do bairro Boa União, passa todos os dias pela ponte. Diz que conhece a situação, mas pre­cisa usar o trajeto.

A professora Cleunice Heinrichs fi­cou sabendo do risco ontem à tarde. Ela critica o estado. “É um absurdo. Um descaso total.” Conta que mudará o trajeto para buscar o filho na escola.

O funcionário público Ademir dos Santos diz que continuará trafegando pela ponte. “Vou correr o risco para economizar gasolina.” Morador do Boa União, passa no mínimo duas vezes por dia pela passagem.

Na travessia de 60 metros as ma­deiras estão soltas. Quando passa um veículo maior, a estrutura ba­lança. O trânsito no local é intenso – em média um carro passa por mi­nuto pelo trecho.

Contradições do Daer

Em 16 de fevereiro, o jornal A Hora noticiou os riscos de acidentes na tra­vessia. Na matéria, o Daer afirmava que a ponte era segura. Na ocasião, ale­garam que foi proibida a passagem de caminhões e que não havia previsão para investir no reparo da estrutura.

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