Promotoria investiga campanha antecipada

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Promotoria investiga campanha antecipada

Os sete partidos que se uniram pela pré-candidatura de Ito Lanius (PMDB) e Da­niel Fontana (PMDB) à prefei­tura serão notificados entre hoje e amanhã pelo Ministério Público Eleitoral. Para o pro­motor eleitoral Ederson Maia Vieira, há indícios de propa­ganda política antecipada em uma carta divulgada pela co­ligação.

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Vieira aponta o último pa­rágrafo do material como o principal problema. No trecho, as siglas tecem elogios aos pré-candidatos, referindo-se a “qualidades” e “competência necessária”, que os tornariam aptos a comandar o município pelos próximos quatro anos.

“Na minha compreensão, a parte final é propaganda (elei­toral)”, sentencia o promotor. Vieira se ampara no calendá­rio divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), per­mitindo a propaganda política a partir de 6 de julho.

A denúncia será encaminha­da para a juíza da 29ª Zona Eleitoral, Débora Gerhardt de Marque. A carta foi assinada pelo PMDB, PC do B, PSDB, PTB, PV, PSD e PPS. Caso a juíza os condene, a multa aplicada va­ria de R$ 5 mil a R$ 25 mil.

Pré-candidatos isentos

Neste primeiro momento, Lanius e Fontana não serão notificados pela promotoria eleitoral. Segundo o promotor, não há confirmação de que os pré-candidatos tenham conhe­cimento do teor da carta.

Caso encontre indícios, Vieira pode entrar com uma nova re­presentação, desta vez incluin­do o nome dos pré-candidatos à majoritária lajeadense.

Coordenador se defende

O coordenador da campanha dos pré-candidatos, Renato Zanella nega que tenha feito propaganda política anteci­pada. Zanella salienta que o documento intitulado “Carta aos Lajeadenses” foi distribu­ído para informar a coligação sobre o encerramento das ne­gociações com o PT – que defi­niu o deputado estadual Luis Fernando Schmidt como pré-candidato.

Quanto à qualidade de La­nius e de Fontana, exaltadas no documento, afirma que se trata de um processo interno. Informa que as qualidades dizem respeito à escolha dos pré-candidatos pelos partidos, e não como uma maneira de fazer propaganda política.

Segundo Zanella, o docu­mento foi encaminhado inter­namente e atribui o fato a um vazamento de informação. A carta foi enviada por e-mail e pessoalmente por integrantes da coordenação política aos órgãos de imprensa.

Acrescenta que Lanius e Fontana não sabiam do con­teúdo. “Só as direções par­tidárias que tomaram essa decisão. Eles foram comuni­cados de que, a partir de ago­ra, seriam os pré-candidatos (da coligação).”

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