Oposição tem dois pré-candidatos à prefeitura

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Oposição tem dois pré-candidatos à prefeitura

aOs eleitores insatisfeitos com o governo atual terão duas opções de voto nas eleições municipais, em 7 de outubro. Em uma reunião com o PT ontem à noite, o PMDB encerrou as negociações para formar uma coligação única de oposicionistas.

A informação é de um integrante da diretoria peemedebista. O anúncio oficial ocorre hoje, por meio do presidente da sigla, Celso Cervi. O pré-candidato do PMDB, Ito Lanius, desconversa sobre o assunto, mas é taxativo: não pensou em desistir da disputa como cabeça de chapa.

Para o PMDB, a gota d’água foi o acordo firmado entre o PT e o PDT, que se lançaram como pré-candidatos à prefeitura na noite desta segunda-feira, liderado por Luis Fernando Schmidt. Aos pedetistas cabe definir quem estará ao lado do petista.

O presidente do PDT, deputado federal Enio Bacci abriu espaço para o PMDB indicar alguém ao cargo de vice-prefeito até 10 de abril. O prazo irritou os peemedebistas, que se anteciparam e sacramentaram Lanius como outro pré-candidato da oposição.

Schmidt respeita a decisão

Até o fechamento desta edição, o PT não havia sido informado sobre a decisão do PMDB. Mas, questionado quanto à possibilidade de divisão oposicionista, Schimidt afirma que é comum na política. “Todos os partidos têm o direito de dispor os nomes (dos candidatos) à sociedade.”

O deputado estadual ressalta que, confirmada a informação, resta respeitar os peemedebistas. Conforme Schmidt, o PT não perde espaço em uma disputa de votos com o PMDB. A legenda tem a adesão do PSB e do PSC, e outros quatro partidos devem compor a coligação até a próxima semana.

Para Bacci, o pré-candidato do PT é mais forte que Lanius para concorrer ao Executivo. Considera o peemedebista “um novato” em eleições majoritárias. Acrescenta que a insistência de Schmidt – que disputou o pleito quatro vezes consecutivas – mostra a vontade de vencer.

Sem representação estadual

Com a pré-candidatura de Schmidt, o Vale fica sem um representante na Assembleia Legislativa. O petista informa que não ficaria os quatro anos no parlamento gaúcho. Atribui esta decisão por ter sido eleito como suplente.

“Caso fosse (deputado) titular, a decisão seria diferente.” Afirma que apoiaria outros candidatos da oposição, enquanto se dedicaria aos pleitos regionais.

Falta de espaço

Segundo Bacci, um dos motivos que fizeram o PDT deixar o governo municipal foi a falta de espaço. Compartilha o manifesto de Teixeira, de que o partido era respeitado pelos colegas, mas acredita que poderiam ter feito mais.

O líder pedetista salienta que o partido não participava de discussões relacionadas à outras áreas, ficando restrita às sugestões para a Cultura e o Turismo. Sabe que a adesão à candidatura de Carmen, em 2008, se deu tarde e por isso houve pouco espaço.

Para evitar problemas semelhantes, o acordo firmado com o PT é baseado em três reivindicações: indicação ao cargo de vice-prefeito, pelo menos oito candidatos a vereador nas eleições proporcionais e ajudar no planejamento de governo.

São três nomes cotados para compor a nominata majoritária com o petista. Com base na experiência política, Teixeira é o indicado. A professora Ivanete Fracaro pode concorrer devido ao sobrenome forte, enquanto que Tamara Bacci representa a juventude.

“Fico triste em deixar o governo”

A coligação com o PT obrigou o PDT a deixar o governo de Carmen Regina Cardoso, que apoiou no pleito de 2008. Os pedetistas ocupavam a Secretaria de Cultura e Turismo (Secultur), com Gerson Teixeira.

O ex-secretário reconhece que a aliança com os petistas é natural, visto que as duas siglas estão juntas no governo federal. A troca de apoios se estende aos pleitos no estado, como a pré-candidatura de José Fortunati (PDT) à prefeitura de Porto Alegre.

Entretanto, Teixeira está chateado em ter de deixar o cargo. “Fico triste em deixar o governo, porque eu era respeitado pelos demais colegas.” A exoneração foi solicitada nesta terça-feira e aceita por Carmen.

Ele têm dúvidas quanto à continuidade de projetos implementados durante os quase quatro anos de gestão. Cita como exemplo os festivais de teatro e de música ao vivo no Parque Professor Theobaldo Dick – que ocorriam uma vez por mês.

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