Projeto financia 56 casas a famílias carentes

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Projeto financia 56 casas a famílias carentes

aFamílias que residem no município há pelo menos cinco anos e que tenham renda inferior a três salários mínimos podem se candidatar ao programa habitacional local. Serão oferecidos 56 lotes a preços populares na estrada geral de Dona Rita para construção com recursos do financiamento Minha Casa, Minha Vida.

São R$ 80 mil de benefício com subsídio a fundo perdido de até R$ 9 mil. Interessados devem se inscrever na Secretaria de Assistência Social e responder um questionário socioeconômico que orientará a seleção das famílias. O pagamento tem prazo máximo de 30 anos.

A seleção dos candidatos prioriza pessoas que vivem em áreas de risco ou insalubres, famílias com mulheres responsáveis pela renda e com pessoas com deficiência.

O loteamento Econômico foi dividido em conta de 220 metros quadrados que recebem obras de infraestrutura. Em troca dos serviços, os proprietários cederão 28 lotes ao município e os restantes serão vendidos a preços abaixo de mercado para construções que sigam as exigências legais do departamento de engenharia da Caixa Econômica Federal (CEF).

Conforme levantamento realizado pelo Setor de Habitação, mais de 280 famílias têm interesse no projeto. Segundo o secretário de Planejamento Carlos Henrique Meneghini, metade dos lotes com trabalho de infraestrutura em andamento serão oferecidos pelo município a preço de custo. O terreno mede 21.787,12 metros quadrados.

Meneghini diz que o projeto do Loteamento Econômico surgiu com uma pesquisa da administração municipal que identificou a dificuldade que grande parte das famílias tem para obter financiamentos que cubram a aquisição do lote somado à construção da moradia. “Com o apoio do poder público e a localização das famílias em um local tudo fica mais barato.”

Família quer deixar casa dos pais

Ele conta que durante o ano de 2011 foi realizada a demarcação dos lotes, abertura das ruas e drenagem pluvial do loteamento. O investimento público de R$ 65.670 garantiu a instalação de postes para iluminação pública e a rede de energia elétrica que atenderá demanda dos moradores. Não há prazo definido para o início da construção de imóveis no local.

Os mais recentes investimentos municipais voltados para lotes populares ocorreram na década de 90. Ao todo, 90 famílias arroio-meenses receberam terras no loteamento Popular Bela Vista. Hoje as ruas deste local recebem as melhorias de pavimentação.

O auxiliar de serviços gerais Clodes Henicka mora com os pais em uma casa de madeira alugada no bairro São José. Após o nascimento do filho, construiu divisórias no imóvel e converteu um espaço de 20 metros quadrados em sua morada. A possibilidade de obter o financiamento é vista como uma forma de deixar o local. “Quando calculamos vimos que seria difícil construir por conta própria.” Segundo ele, o preço dos terrenos inviabiliza a construção, mesmo com os recursos da CEF.

Henicka recebe o Bolsa Família e tem todos os pré-requisitos para pleitear o recurso. Questiona se além da infra-estrutura no loteamento haverá empresas e mercados. Como o espaço fica distante do Centro, é necessário pensar em formas de evitar que as pessoas vendam as casas e retornem para os bairros carentes do município.

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