Morador critica aumento de vereadores

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Morador critica aumento de vereadores

O vice-presidente da As­sociação dos morado­res do centro, Flávio Dresch quer impedir o aumento de dez para 15 verea­dores no Legislativo. Para tanto, pede apoio de entidades para mo­bilizar a população.

Inconformado com os custos do Legislativo – que passará dos R$ 2,4 milhões no próximo ano – Dresch procurou a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Asso­ciação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), Ordem dos Advo­gados do Brasil (OAB), União das Associações dos Moradores Bair­ros de Lajeado (Uambla) e o re­cém criado Observatório Social (OS) para debater o tema.a

O intuito de Dresch é levar a discussão às ruas. “As pessoas precisam ser ouvidas.” Por ser um ano de eleições, ele acredita que com a pressão das entida­des, veículos de comunicação e da população, os vereadores re­vogarão o acréscimo de vagas na câmara.

Ele reconhece que o aumento é legal, mas sugere coletar assina­turas de 2,5 mil eleitores e entrar com uma ação civil pública na Pro­motoria de Justiça. “Alguma coisa tem de ser feita, não podemos jo­gar dinheiro público pelo ralo.”

Outro problema apontado por ele diz respeito ao número de assessores. Hoje, cada vereador tem direito a dois servidores. É a única câmara no Vale que no­meia cargos de assessor político – com vencimentos de R$ 2,1 mil – e diretor parlamentar – que recebe R$ 3,2 mil.

Com os atuais dez vereadores, a média por habitante é de um para cada sete mil habitantes. Em comparação com Porto Ale­gre, que tem 38 vereadores para uma população de 1,365 milhão de moradores, são 38 mil pesso­as para cada parlamentar.

Por ano, o custo dos subsídios dos vereadores do município chega a R$ 408 mil. Com 15, o valor ultrapassará R$ 644 mil.

Câmaras com aumento

Além de Lajeado, outros cinco municípios terão mais vereadores no Vale: Arroio do Meio, Teutônia, Estrela, Encantado e Taquari.

O aumento é ditado pelo número de habitantes. Estre­la, com mais de 30 mil pesso­as, terá para 13 vereadores. Os demais, passam de nove para 11 parlamentares.

Entidades discutem apoio

Conforme o presidente da Uambla, Darci Polis, o tema será levado para assembleia das asso­ciações na metade de abril. Os 33 integrantes do órgão votarão a adesão ou não ao protesto.

O presidente da Acil, Valmor Scapini elogia a iniciativa. Afir­ma que o tema será levado à di­reção da entidade, mas antecipa que é favorável ao movimento. Para ele, a contestação do au­mento nos gastos deve ser fisca­lizado pelo OS.

Recém-empossado como pre­sidente da CDL, Ricardo Dietri­ch diz que ainda nenhum co­municado formal foi levado à entidade, mas alega conhecer o assunto. “Vamos definir em reunião com a diretoria.”

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