Comissão recorre ao estado por segurança

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Comissão recorre ao estado por segurança

aOs furtos e roubos a ca­sas e estabelecimentos comerciais motiva a comunidade regional a recorrer ao estado. No dia 15, uma comissão formada por líderes locais se encontra com represen­tantes da Secretaria de Segurança Pública para discutir o combate à criminalidade.

Entre as reivindicações estão: o aumento de efetivo da Brigada Militar (BM) e da Polícia Civil (PC) e a implantação de uma equipe do Instituto Geral de Perícias (IGP) na região. Outro pedido será a ins­talação de câmeras de vigilância em Estrela, um dos municípios mais visados pelos ladrões.

Mesmo com a mobilização ini­ciada no fim de 2011 pelos órgãos de segurança, vereadores, entida­des de classe e moradores, os cri­minosos mantêm rotina de delitos no campo e na cidade.

Para o vereador Marco Wermann (PT), a sensação de insegurança no município só será modificada com o aumento no número de policiais. Assume que as tentativas de encon­trar soluções demoram e que a po­pulação pede agilidade dos órgãos públicos. Cita o projeto das câmaras de vigilância, que precisa de aval do estado para ser implantado.

Segundo ele, o intuito é mobilizar políticos da região para pressionar o governo do estado. Participam da audiência o secretário de estado Édson de Oliveira Goularte, o presi­dente da assembleia legislativa Ale­xandre Postal (PMDB) e o deputado estadual Luiz Fernando Schmidt (PT), além de Wermann e do verea­dor Cristiano da Rosa (PMDB).

Tentativa de assalto reacende pedido por segurança

Na terça-feira, 50 comerciantes trancaram a rua João Lino Braun e parte da Rota do Sol. Com carta­zes escritos à mão, carro de som e gritos por mais segurança, cha­mavam atenção para os crimes no bairro Boa União.

O protesto foi organizado depois da tentativa de assalto a uma ta­bacaria na tarde de segunda-feira. Eram 16h, quando dois homens em uma motocicleta pararam em frente ao estabelecimento. Um deles desceu e anunciou o assalto. Depois de esvaziar o caixa e sair, o criminoso foi surpreendido pela atendente, que o segurou pelas costas e começou a chamar por socorro. Aquele que estava na mo­tocicleta fugiu.

Em seguida, chegou o proprie­tário da loja. As marcas da briga estão no pescoço arranhado, nos hematomas no rosto e no super­cílio cortado. Lúcio Cardoso de­sarmou o criminoso que tentou correr, mas foi derrubado por ou­tro comerciante.

Depois disso, vários moradores começaram a agredir o suspeito. Uma viatura da BM passava pelo local e perceberam a movimenta­ção. O suspeito, Rosélio Ribeiro dos Santos, foi preso em flagrante. De­pois do registro na delegacia, foi levado ao presídio regional.

Conforme o delegado Peixoto, o homem estava no regime se­miaberto e responde por outros crimes. Entre eles o assalto a um posto de gasolina na Rota do Sol na sexta-feira passada.

Arrombamentos crescem

De todos os crimes, o que teve acréscimo foi o de arrom­bamento. Em fevereiro de 2011, 99 casos foram registrados. Neste ano, foram 107 ocorrên­cias. Sobre os casos no bairro Boa União, o comandante Scus­sel diz que se trata de um pro­blema pontual. “Adotaremos um trabalho específico.”

De acordo com o comandante do Pelotão de Operações Espe­ciais (POE), capitão Giovanny Bortolini, o número de ocorrên­cias no bairro está dentro da normalidade. Desde dezembro, foram três registros de furto em casas e quatro roubos – com duas prisões em flagrante.

Ele afirma que o patrulhamen­to no bairro é diário. Segundo ele, a prioridade da corporação no município está na área central, loteamento Marmitt e no bairro Boa União. Bortolini informa que a instalação de câmeras de vigi­lância reduzirão os crimes.

Efetivo insuficiente

A PC na região tem 98 po­liciais, contando os delega­dos. Ao todo são 19 delega­cias no Vale para atender 30 municípios. Em Estrela, são oito servidores.

O delegado João Antônio Peixoto traça um paralelo com a realidade de quando ele começou no município.Em 1992, eram 24 policiais.

Afirma que naquela épo­ca, os crimes mais graves eram de arrombamentos. Hoje, além da redução do efetivo, as ocorrências são mais graves – como assalto a mão armada, homicídio e tráfico de drogas.

Nos 38 municípios que compõem a área de atua­ção do Comando Regional de Polícia Ostensiva (CRPO), 78% dos cargos de soldado estão preenchidos. O co­mandante Antônio Scussel declara que esse é um dos maiores percentuais do esta­do. “O efetivo não é o ideal, mas a defasagem é uma das menores.”

O comandante diz que a necessidade de policiais para o Vale está em 270 servidores. Para o próximo concurso, que teve abertura de 1,4 mil cargos, a região se habilitou para formar 60 novos policiais.

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