Foi com aplausos que o público comemorou a decisão unânime dos vereadores. A partir de abril, em vez de cumprir 30 horas, os professores terão 25 por semana em sala de aula.
O comum nas sessões são poucos espectadores. Foi o contrário nas duas últimas semanas, quando cerca de 40 professores, atendentes e diretoras de escolas infantis, estiveram na sede do Legislativo para acompanhar a discussão.
A ansiedade era visível entre elas. Mas todas conheciam o resultado. Os vereadores deixavam claro desde o primeiro momento que seriam favoráveis ao benefício. “Não estamos jogando para a torcida”, alegava Cristiano da Rosa (PMDB). Conforme o vereador, se trata de um avanço à educação municipal. “Medida justa e necessária.”
Joel Mallmann (PSB) pediu para que a carga horária também seja aplicada às telefonistas e secretárias das Escolas Municipais de Educação Infantil. Mesma opinião partilhada por Marco Wermann (PT).
Para os 26 professores beneficiados, as cinco horas serão necessárias para qualificação ou para assumir outro cargo. Trabalhando no município há cinco anos, Rosane Prass está feliz com a decisão.
A dificuldade fica por conta das diretoras, que terão de reorganizar os horários. Segundo Crislaine Spellmeieir, será necessário marcar reunião com a Secretaria Municipal de Educação para definir horas suplementares para turmas com maior necessidade.
No cargo há 17 anos, o problema é encarado com tranquilidade. “Estou como diretora, mas tenho de pensar como professora. Por isso, é um benefício que fará diferença quando retornar à sala de aula.” Outros 11 projetos foram aprovados pelo Legislativo.