O vereador Rui Olíbio Reinke (PSDB), o “Adriel”, terá de responder por assédio sexual contra uma jovem de 17 anos. A família da adolescente registrou ocorrência na Delegacia de Polícia da Mulher no dia 9 de fevereiro.
Na acusação consta que Adriel perseguia a menor desde que ele assumiu como vereador, em setembro de 2011. “Ele a seguia no elevador. Queria saber se ela tinha namorado”, conta a mãe da estagiária, 49.
Quando Adriel foi escolhido presidente da câmara no início deste mês, a adolescente ficou preocupada com a possibilidade do término do estágio e marcou uma conversa com o vereador. Conforme a mãe, Adriel pediu para a jovem subir ao 3° andar.
Ela conta que o vereador começou a olhar para o corpo da menor e pediu para ela fechar a porta. Estranhando as atitudes do legislador, a jovem procurou fugir da conversa.
Segundo o boletim de ocorrência, ao perceber a negativa da adolescente, Adriel disse que o estágio estava ameaçado. Depois, teria pedido o número do telefone dela para tratar sobre o trabalho. “Então, ele perguntou para minha filha se poderia ligar para falar de outros assuntos.”
Assim que saiu da câmara, a menor ligou para os pais. Eles foram à delegacia registrar ocorrência no mesmo dia. Depois disso, a adolescente não voltou ao trabalho.
Conforme a delegada responsável pelo caso, Márcia Scherer, foi feito um termo circunstanciado. Nas próximas semanas, uma audiência será marcada. Caso não haja acordo, a Polícia Civil inicia as investigações.
Adriel nega o fato
Segundo o vereador, a acusação de assédio sexual é infundada. Para ele, se trata de uma jogada política para lhe prejudicar. Sobre o dia em que recebeu a jovem no terceiro piso, onde fica a sala da presidência, Adriel afirma que não pediu para trancar a porta. “Atendo todos naquela sala.”
Ele assegura estar tranquilo e se nega a propor um acordo. A mãe da adolescente afirma que levará o processo até o fim.