Todos os municípios brasileiros precisam entregar o Plano de Saneamento Básico até o fim de 2012, traçando metas e soluções ambientais para os próximos 20 anos. Apenas cinco cidades da região avançam com seus projetos, e 31 sequer iniciaram os estudos. O governo federal cobra agilidade, mas não descarta possibilidade de prorrogar o prazo.
O projeto envolve quatro itens: drenagem pluvial urbana, captação e distribuição de água, tratamento adequado de esgoto e gerenciamento de resíduos sólidos. A primeira parte do projeto é realizar um mapeamento detalhado da situação dessas quatro áreas dentro do município, apontando os pontos mais críticos. Depois os municípios precisam apresentar propostas para solucionar os problemas em no máximo 20 anos.
Serão analisados pontos como a caracterização dos resíduos recolhidos dentro do município e a possibilidade de gerar lucro por meio de associações e cooperativas de reciclagem.
Os principais locais poluidores dos recursos hídricos devem ser mapeados e as razões para o problema precisam ser apontadas. Falta de coleta seletiva de lixo, de aterros sanitários e canalização de esgotos estão entre as principais carências da região.
Lajeado finaliza primeira etapa
Em Lajeado, o plano será dividido em duas etapas. A primeira é destinada ao tratamento e distribuição de água e esgoto no município. Ele será apresentado no dia 14 de março.
Segundo a secretária de Meio Ambiente (Sema), Simone Schneider, foi avaliada a qualidade do recurso hídrico destinado à comunidade, assim como os principais pontos com falta de abastecimento.
Foi realizado estudo do trabalho da Corsan e das associações de distribuição de água em bairros mais distantes da área central. “Analisamos se o valor pago pelos moradores está de acordo com o serviço que eles recebem.” O plano analisou os principais pontos de contaminação dos recursos hídricos.
Para os principais problemas foram elaborados planejamentos e metas. Os detalhes ainda não foram divulgados. Após a o término da primeira etapa, a administração municipal iniciará o plano para gerenciamento dos resíduos sólidos industriais, de construção civil, domésticos, hospitalar e lixo verde.
Plano quase pronto em Estrela
Está marcada uma audiência pública para o dia 22 de março para discutir os planos e metas. Todo o estudo sobre sistema de abastecimento, esgoto sanitário, drenagem pluvial e resíduos sólidos foi finalizado. O diagnóstico completo foi apresentado à comunidade e está disponível no site do município.
Conforme o resultado, o município apresenta maiores problemas na área do esgoto sanitário. Apenas 4% da cidade é atendida por seis estações compactas de tratamento. Como ponto positivo, o relatório aponta o gerenciamento de resíduos domésticos por meio do aterro sanitário e do centro de triagem.
Municípios do G8 estão avançados
O G8 foi contemplado com R$ 400 mil da União em 2010 para custear um plano de gerenciamento de resíduos sólidos nos oito municípios envolvidos – Cruzeiro do Sul, Sério, Progresso, Forquetinha, Santa Clara do Sul, Canudos do Vale, Marques de Souza e Boqueirão do Leão.
O resultado será apresentado até agosto deste ano, mas não está confirmado se ele será utilizado para compor o Plano de Saneamento. Para atender essa exigência do governo federal, o G8 pleiteia outro recurso de R$ 550 mil junto à Funasa.