Daer descarta novas rótulas na ERS-128

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Daer descarta novas rótulas na ERS-128

Em um documento encaminhado ao Executivo, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) afirma que não fará novas rótulas na ERS-128 (Via Láctea). A medida é um pedido da comissão de trânsito do município, que também iniciou um pleito para duplicar a rodovia há dois anos.

O Daer aponta dois motivos para manter as estruturas atuais: a equipe do setor de projetos reduzida e o excesso de entradas a empresas à beira da rodovia. A engenheira Diná Fernandes, da Superintendência de Estudos e Projetos (SEP) do órgão, aponta que a rodovia tem acessos a bairros e localidades em excesso.a

Diná acrescenta que diversas empresas, antes de se instalarem ao longo da Via Láctea, tiveram os projetos de acesso reprovados pela SEP. Mesmo com a negativa, os empresários implantaram os comércios. Para ela, a criação desordenada de entradas é o que prejudica o fluxo e a segurança dos motoristas na Via Láctea.

O presidente da comissão de trânsito, o vice-prefeito Ariberto Magedanz, se exime da responsabilidade. “O município não tem nada a ver (sic) com esses acessos às empresas.”

Magedanz acrescenta que a negativa do Daer não atrapalha a reivindicação. Conforme ele, outras medidas consideradas importantes – como a pintura das sinalizações na rodovia e a instalação de novas placas – foram atendidas pelo governo estadual.

Motoristas reclamam

As rótulas construídas na Via Láctea são do tipo vazadas, permitindo aos motoristas manterem a velocidade constante caso não queiram acessar os bairros. A estrutura é considerada perigosa.

O mecânico industrial José Käfer, 43, reclama. Ele se envolveu em um acidente com danos materiais próximo da entrada do bairro Teutônia, às 10h05min, na terça-feira. Seguia em direção à ERS-453 (Rota do Sol), quando o motorista de um veículo da Prefeitura de Ciríaco tentou atravessar a rodovia.

Com a colisão, o pára-choque ficou avariado. No carro de Ciríaco, o dano foi maior: a suspensão entortou. Para Käfer, o Daer deveria construir rótulas que obrigassem os motoristas a diminuir a velocidade.

Opinião semelhante tem o empresário Luiz Kramer Vieira, 50. Há 12 anos, o filho Lennon, 11, morreu em um crime de trânsito. O ônibus em que estava foi atingido por um caminhão quando tentava atravessar a ERS-128 para ingressar no bairro Alesgut. A morte foi instantânea.

Vieira sugere a instalação de quebra-molas ou de controladores de velocidade. Diz que sabe da falta dinheiro para o Daer e por isso que deveria ser extinto.”

Sem duplicação

O Daer afirma que a obra não é prioritária. Entre os motivos está na demora para elaborar um projeto. Diná Fernandes explica que diversos aspectos são analisados antes de elencar a obra como necessária.

Ela acrescenta que a equipe está sem condições para atender estes pleitos. Parte dos funcionários foi remanejada para outros setores, inviabilizando a elaboração de projetos.

Outra carência apontada é a de equipamentos. Os funcionários do setor não têm o treinamento adequado para usar os programas.

Magedanz reconhece essa dificuldade. Afirma que a reivindicação não deve ser atendida em breve, mas diz que devem pressionar o governo estadual. A comissão de trânsito volta a se reunir em março.

Neste período, quer marcar uma audiência com o secretário de Infraestrutura, Beto Albuquerque. A intenção é levar empresários e comunidade para explicar a necessidade de ampliar a rodovia.

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