Fábricas de sorvete projetam crescimento

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Fábricas de sorvete projetam crescimento

Em sete anos o consumo de sorvete por pessoa cresceu de 3,82 litros para 5,77 litros, registrando uma alta de 51% em todo o país. Em 2003 foram consumidos 685 milhões de litros de sorvete. Em 2010, 1,1 bilhão. Empresários da região planejam investir nas es­truturas das fábricas, aumentan­do o número de produtos ofereci­dos.

Conforme o presidente da Asso­ciação Gaúcha das Indústrias de Gelados Comestíveis (Agagel), Nil­son Gemelli, a boa situação econô­mica do país reflete no aumento das vendas. Com maior poder aquisitivo, as pessoas consomem mais dentro e fora de casa. “Hoje a maioria tem condições de com­ prar geladeiras. Isso aumentou o consumo de sorvete dentro das casas.”

gemGemelli comenta que os mais caros são os mais vendidos. O cliente está com potencial eco­nômico bom e preza pelo melhor produto. “Precisamos aproveitar o bom momento.” Destaca o fato do consumo de sorvete ser 20% maior no estado em comparação à média nacional. Considera re­flexo da qualidade dos lácteos na região.

Empresas investem na estrutura

Com uma produção de cem mil litros por mês, ele projeta lançar novos produtos a partir de se­tembro. A empresa atende cerca de 70% dos municípios gaúchos e 28 lojas de sorvete. “Investire­mos em produtos de maior valor agregado, e sugiro que o produ­tor pense nesta direção sob risco de ficar para trás.”

A empresa Sabory, de Encan­tado, tem uma produção diária de 20 a 25 mil litros de sorve­te e cem mil litros de picolé na alta temporada. A produção cresceu 80% em dez anos. De 30 funcionários passou a 55. A venda ocorre por todo o estado, Santa Catarina e região Sul do Paraná, ultrapassando 12 mil clientes.

Para 2012, a empresa projeta um crescimento de 10% na pro­dução, conforme um dos sócios, José Mário Turatti. Hoje a em­presa utiliza um espaço aluga­do para produzir cobertura de chocolate em pequena escala para os picolés. Para continuar o trabalho, iniciou há 15 dias a construção da primeira fábrica de chocolates no município. Às margens da ERS-129, Km 72, a obra será finalizada em 2013. Custará R$ 5 milhões.

Faturamento aumenta a cada ano

O empresário Martin Eckhar­dt, proprietário da Sorvebom, planeja aumentar em 30% o faturamento em 2012 com o lançamento de uma nova linha de picolés. Em 2009, investiu na construção de uma nova fábrica em uma área de 3 mil metros quadrados no bairro Moinhos. “No ano passado in­vestimos muito no lançamento de novos produtos e aquisição de maquinários europeus.” Os novos equipamentos permitem uma produção de seis mil pico­lés por hora.

Hoje, sua empresa produz 140 diferentes itens e empre­ga cerca de 80 funcionários. Eckhardt destaca a produção no inverno como a particulari­dade. “Mudamos um pouco a receita no inverno para deixar o produto menos gelado.” No início ele costumava interrom­per os trabalhos durante esse período.

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