As promessas para o Vale

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As promessas para o Vale

O orçamento estadual de 2012 é de R$ 40,3 bilhões. Destes, 0,39% (R$ 157,2 milhões) estão destinados para os 37 municípios do Vale. Do valor total do governo do estado, 10,4% é fatiado em 28 Conselhos de Desenvolvimento Re­gional (Coredes). O Conselho de De­senvolvimento do Vale do Taquari (Codevat) é o sétimo na lista dos que mais recebem dinheiro.

Os principais investimentos se relacionam a acessos asfálticos de municípios, reformas de escolas e manutenção de programas de saú­de. Há reivindicações antigas da re­gião que não foram projetadas.

esUma delas é a construção da nova penitenciária. Há dois anos o governo do estado destinou recur­sos para a obra, mas um procura­dor da República barrou a constru­ção por estar próxima da aldeia indígena. Em 2010, antes das elei­ções o estado novamente destinou recursos, que não foram usados.

O juiz de Lajeado, Luís Antônio de Abreu Johnson sabia que os va­lores para uma nova penitenciária não estariam no orçamento deste ano. Segundo ele, em reunião com o secretário estadual foi relatada a dificuldade do governo em desti­nar recursos para essa finalidade.

Johnson lamenta e conta que o estado busca recursos federais do Departamento Penitenciário Fede­ral (Depen) para então planejar a construção. “O projeto arquitetôni­co está pronto, só falta o dinheiro.”

O governo prevê para o setor da Segurança Pública do Vale do Taquari um repasse de R$ 11,3 milhões. Desse valor, a maior par­cela é destinada para melhorias na Brigada Militar (BM) e Polícia Civil (PC). Enquanto a BM receberá R$ 7,3 mi­lhões, a PC recebe R$ 2,1 milhões.

A Saúde, mesmo ten­do recebido a maior parcela do valor, não soluciona o principal problema do Vale do Ta­quari: a falta de Unidade de Tra­tamento Intensivo (UTI). Hoje, só os hospitais de Estrela e Lajeado oferecem o serviço. No total são 20 leitos para atender 330 mil mora­dores de 37 cidades.

O recurso destinado aos hospitais se limitou a R$ 11,9 milhões, planejados para o uso de interna­ções. A gestão plena do sistema ficou com a maior parcela: R$ 49,5 milhões. Com ela são feitas as manutenções de programas.

Uma reivindicação antiga cuja solução está planejada para este ano são os acessos aos municípios. São R$ 17,2 milhões projetados para pavimentação em Relvado, Canudos do Vale, Arroio do Meio, Capitão, Forquetinha e Sério.

Conforme o vice-presidente do Codevat, José Cenci, é importante que o estado tenha destinado ver­bas para os acessos, mas antecipa que o valor é insuficiente. “No má­ximo conseguirá manter algumas obras. Só o acesso a Boqueirão do Leão custa mais do que todo recur­so previsto para este ano.”

Na Educação uma das maiores preocupações foi administrar as necessidades básicas com as adap­tações para a reforma do Ensino Mé­dio. Para essa área serão destinados 49,4% dos R$ 26,7 milhões totais.

A previsão é de que sejam cons­truídas escolas em Fazenda Vilano­va, Westfália e Paverama. Hoje as aulas ocorrem em estruturas cedi­das pelos municípios. A primeira delas será a de Fazenda Vilanova, contemplando 160 alunos.

Westfália será o segundo muni­cípio a receber escola nova e aten­de cem alunos. E a terceira priori­dade é Paverama.

Escolas de Lajeado e Taquari re­ceberão reformas de muro, telha­do e na fiação elétrica. A Escola de Nova Bréscia receberá um ginásio. Os laboratórios das escolas Pereira Coruja (Taquari) e a Profissional de Estrela serão ampliados.

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