Noite histórica para os lajeadenses

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Noite histórica para os lajeadenses

Começa uma nova era. O centenário Clube Esportivo Lajeadense recebeu ontem seu maior presente. Se não vieram os títulos em 2011, neste ano inaugura seu novo estádio, construído dentro dos padrões Fifa e credenciado para receber qualquer equipe de nível nacional ou internacional.

A noite foi cercada de emoção e homenagens. Os primeiros torcedores que pisaram na recém-erguida arquibancada acompanharam um jogo amistoso, envolvendo prefeitos municipais e dirigentes do clube. O preparo físico não ajudou. No fim, Paulo Kohlrausch, de Santa Clara do Sul, admitia: “Cansei”.

lajAbraçados, Nilson Giovanella e José Cenci, prefeito de Fazenda Vilanova, se divertiam na beira do campo com o cansaço da maioria. Quem não participou do jogo foi o segundo vice-presidente, Marcos Mallmann. Mas nem por isso ficou descansado. Corria de um lado para o outro arrumando os últimos detalhes. “Estava agora carregando tijolos.” Teve de trocar de camiseta.

Giovanella, ex-presidente e homenageado com o nome do Complexo Esportivo era pura emoção. “O coração está batendo acelerado”, disfarçava enquanto bebia seguidas garrafas de água. O atual presidente, Mário Dutra, demonstrava satisfação por participar do momento histórico do clube. Mas com preocupação. “Estamos muito focados no jogo. Mas a festa é válida para todos.”

Inaugurando o espaço dos camarotes, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Adilson Metz, parecia deslumbrado com a estrutura. Da mesma forma estava a imprensa regional, que fazia os primeiros testes de som no novo estádio. Todos pareciam ansiosos pelo início da partida. Os trabalhadores que passaram um ano e meio nas obras estavam emocionados.

Quem veio de fora aprovou a nova estrutura do Lajeadense. Repórter da Rádio Caxias AM, Mauro Teixeira já conheceu muitos estádios pelo país. Ele elogiou a obra construída em menos de um ano e meio. “Sabemos que ainda falta alguma coisa, mas está muito caprichado.” O técnico de som, Rodrigo de Oliveira concorda. “No Florestal nossos fios viravam uma salada de frutas.”

Após breve show musical, a inauguração foi oficializada com o corte da fita, estendida por todo o gramado. E o piso do estádio é um espetáculo à parte. Todos que pisavam pareciam voltar aos anos de juventude. “Dá vontade de sair jogando”, brincava o repórter da RBS TV, Cícero Copello.

O estádio está pronto, e o time está preparado para disputar com os grandes um espaço no futebol nacional. Que venham os adversários, pois com a determinação mostrada por dirigentes, apoiadores, atletas e comissão técnica, o objetivo é fazer do Estádio Alviazul um ferrolho para qualquer adversário que venha a Lajeado.

A obra de R$ 6 milhões

Nos 20 hectares, na divisa entre Lajeado e Cruzeiro do Sul, as obras do Estádio Alviazul começaram na metade de 2010. O investimento superior a R$ 6 milhões resultou em um dos estádios mais modernos do estado, com capacidade inicial de oito mil torcedores.

A iluminação perde só para o Olímpico e o Beira-Rio. São 120 refletores ao redor do gramado. Outra particularidade é a irrigação. O sistema é subterrâneo e automatizado, totalizando 30 saídas de água em cinco linhas. O estacionamento tem capacidade para dois mil veículos.

Na arquibancada social, o espaço coberto tem 80 metros de comprimento e 24 degraus. Na parte mais alta há espaço para camarotes e cabines de imprensa. Do outro lado do gramado, a área tem 80 metros de comprimento e 14 degraus.

Atrás da arquibancada principal há copas, cozinha e banheiros para os torcedores. Abaixo, há vestiários, escritórios, academia, lavanderia e sala de imprensa.

Ao lado da arena, o clube terá três campos suplementares – dois estão prontos – e uma quadra de areia. O campo maior é de uso exclusivo dos jogadores profissionais. Os demais são destinados às categorias de base.

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