As compras de material escolar devem se intensificar a partir da semana que vem. O Procon/RS dá dicas para os pais não sofrerem prejuízos no início do ano. A previsão, segundo a Fundação Getúlio Vargas, é de um aumento próximo de 7% nos preços dos livros escolares. Este será o produto com maior aumento.
Conforme o diretor do Procon RS, Cristiano Aquino, os pais precisam estar atentos a eventuais cobranças irregulares e diferenças entre os preços. Comenta que o aluno não é obrigado a comprar o material no próprio estabelecimento de ensino. O conselho é para que o consumidor pesquise em outros locais os preços dos produtos. “Uma boa ideia é se reunir com outros pais, buscando maiores descontos para compras em grande quantidade.”
Aquino alerta para que pais e familiares comprem os materiais em locais que ofereçam preço compatível com seus orçamentos. “Verifique qual o valor à vista e a prazo, pois muitos estabelecimentos aproveitam esta época para aumentar o preço dos seus produtos.” Ele lembra que o consumidor deve pedir desconto quando o pagamento for à vista.
A qualidade dos produtos é outra questão comentada pelo diretor. Uma das dicas do Procon/RS é verificar se as embalagens (colas, borrachas, tintas, etc.) contêm informações claras e específicas sobre danos que o produto possa apresentar e se há orientações de como proceder em caso de ingestão acidental.
Procura ainda é baixa
Segundo a gerente de uma loja de materiais escolares, Valmi Schmitt, poucos pais compareceram até o momento. A tendência, segundo ela, é que o movimento aumente a partir da próxima semana. “O pessoal ainda está de férias. É normal a procura aumentar só em fevereiro.” Diz que os preços médios dos principais produtos estão entre 5% e 7% mais caros em relação a janeiro de 2011. Em média, um lápis de cor custa R$ 3,90, livros custam em torno de R$ 80 e os cadernos grandes saem por R$ 8,95.
Cuidado com materiais de uso coletivo
Uma das práticas condenadas pelo órgão é a determinação, por parte de algumas escolas, de estabelecimentos comerciais para a compra dos materiais. Para o Procon, se trata de abuso. Exigências como o número de folhas de ofício, que não pode passar de 500 por alunos, devem ser observadas.
As listas não devem conter itens de uso coletivo, como produtos de limpeza, materiais de higiene pessoal ou material de expediente. Todos, conforme o Procon, são de responsabilidade da instituição de ensino e estão incluídos no valor cobrado na mensalidade dos alunos. “Só devem ser comprados materiais de uso pedagógico e essenciais ao aprendizado.”
Segundo o diretor, sempre que na lista fornecida pela escola constar algum material que os pais considerem desnecessário ao aprendizado, o consumidor deve consultar o Procon e questionar a direção da escola. Aquino garante que a instituição poderá ser multada por infringir o Código de Defesa do Consumidor.