Lajeado tem 1,4 habitante por veículo

Notícia

Lajeado tem 1,4 habitante por veículo

oktober-2024

Em dez anos a frota na cidade dobrou. Hoje trafegam pelas ruas 49,6 mil veículos regis­trados para uma população de 72,3 mil. O desafio é criar planeja­mentos para evitar problemas como: a falta de locais seguros para estacio­nar, a insegurança em alguns trechos e os constantes congestionamentos em horários de maior movimento.

Na área de estacionamento rota­tivo a média mensal é de 26 mil di­ferentes veículos estacionados. Con­forme dados do Departamento de Trânsito, 12,8 mil circulam todos os dias só pela Av. Benjamin Constant.

Desde o início do segundo semestre, a Secretaria de Planejamento (Seplan) reestuda o Plano Diretor de Lajeado. O documento não sofre alterações desde 2006. Entre as soluções apresentadas pela Seplan está a criação de vias e instalação de lojas e serviços fora das áreas centrais para deslocar a deman­da de veículos a outros bairros.

A administração municipal reali­zará novo estudo do sistema viário. O mesmo ocorreu em janeiro de 2010, quando as principais ruas do centro mudaram de sentido. Desta vez, as mudanças ocorrerão no trecho entre o trevo da BR-386 e a entrada da Uni­vates, no bairro São Cristóvão.

O trecho é um dos que tem mais problema. Principal ligação do centro com o bairro, a Av. Senador Alberto Pasqualini registra gran­des congestionamentos ao meio-dia e próximo das 19h, quando muitos se deslocam até a Univa­tes. Conforme o diretor do Depar­tamento de Trânsito, Luis Felipe Finckler, esse estudo se inicia nas próximas semanas.

Um veículo por pessoa em 2018

A estimativa é que em 2018 exista um veículo por habitante na cidade. A pro­jeção feita pelo economista Adriano Strassburger leva em conta a média de cresci­mento dos últimos dez anos. Segundo os dados apresen­tados, o número de veículos será superior ao de mora­dores em 2019.

Segundo Strassburger, a média de crescimento do nú­mero de veículos entre 2001 e 2011 é de 7,23%, contra uma variação de 1,71% da população no mesmo perío­do. Caso seja mantida esta disparidade, em 2025 ha­verá 132 mil utilitários para 91 mil habitantes.

Lucro e novos negócios

Se de um lado o aumento de veículos causa transtornos ao trânsito, de outro muito lucram e criam novos negócios a partir dessa realidade. Há pelo menos dois projetos de prédios para es­tacionamento.

Também é cada vez maior o nú­mero de pátios de estacionamen­tos privados. A maioria na área central da cidade. Lissandro Soares da Costa trabalha há mais de dez anos nessa área. “Todo dia tem gente querendo alugar espaço.”a

No local onde trabalha há 25 boxes para carros. Em dias de grande movimento, o pátio com­porta até 80. “Estamos nos mu­dando para um espaço maior. A demanda não para de crescer.” Os preços variam. As tarifas mensais giram em torno de R$ 70 e por hora o valor cobrado é de R$ 2.

Proprietário de uma revenda de carros, Paulo Richter acredi­ta que a população tem hoje um maior poder aquisitivo e credita o aumento de veículos às facili­dades de compra. “Os créditos e financiamentos facilitam as compras e as vendas. O mercado cresce muito.” Ele destaca ainda a instalação de montadoras es­trangeiras no país, que estariam forçando as nacionais a apresen­tarem melhores condições para os clientes.

Poucos fiscais de trânsito atuando

Finckler admite que o número de fiscais de trânsito é baixo. São 18 funcionários contratados. Com o período de férias, hoje quatro são res­ponsáveis por todo o sistema viário lajeadense. Segundo o diretor, são ne­cessários mais de 40 para realizar o serviço. “O ideal seria um fiscal para cada mil veículos.”

Para conseguir atender a deman­da durante o dia e a noite, costu­mam realizar horas extras. O diretor informa que dez novos fiscais serão chamados até fevereiro.

Saiba Mais

– Em 2011 foram re­gistrados 3.190 mil no­vos veículos em Lajea­do.

– Para 2019, estimati­va prevê 86 mil veículos para 82 mil habitantes.

– Em 2001 o número de veículos era de 24,7 mil para 61 mil habitan­tes.

– Número de veícu­los em todo o Vale do Taquari aumentou 82% nos últimos dez anos.

Fonte: A Hora

Acompanhe
nossas
redes sociais