Comunidade será educada para inibir ladrões

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Comunidade será educada para inibir ladrões

Autoridades de segurança, líderes comunitários e agentes políticos discutiram formas de evitar furtos nas localidades rurais. Cerca de 50 pessoas participaram da audiência na câmara de vereadores nessa quinta-feira. Eles decidiram elaborar uma cartilha com informações que ajudam na prevenção de crimes na área rural.

O delegado da Polícia Civil (PC) João Antônio Peixoto apresentou as ocorrências de furtos na área urbana e rural. O levantamento demonstra que em 2011 foram 153 casos na cidade e 33 no campo. O delegado disse que nos últimos três meses aumentou o índice desses crimes nas localidades.

Para ele, isso é um reflexo da intensificação das abordagens no centro. “Quando aperta, os marginais vão para o interior porque é mais fácil”. Ele sugere aos moradores para que invistam em segurança para dificultar a ação dos bandidos.

De acordo com a comandante do 40° Batalhão da BM, major Nádia Gehardt, o trabalho de mapeamento das áreas depende dos registros de ocorrência. Com esses dados, o batalhão organiza o patrulhamento. “Como em alguns casos as vítimas não registram, para nós é como se nada tivesse acontecido.”

Ladrões agem em dia de festa

Os crimes ocorrem durante o dia, quando os proprietários estão no campo. Mas, a maioria é em dias de eventos nas comunidades. Moradores de Novo Paraíso – localidade com sete ocorrências em 2011 – Pedro Lenz e Norberto Grabin, passaram a adotar medidas de segurança.

Presidente da comunidade, Grabin contrata vigilantes, quando precisa sair de casa. Ele nunca foi roubado, mas prefere não arriscar. “Acho que tem informantes ajudando os criminosos.”

Lenz teve uma motosserra e um compressor de ar furtados em novembro. Ele trabalhava com a família na 8ª ExpoWink. Para assegurar os bens, deixa cães de guarda soltos no pátio de casa.

A major Nádia aconselha aos moradores que avisem a BM sobre as datas dos eventos. Com essas informações viaturas serão deslocadas para dar segurança às localidades nos dias de festa.

Critérios

Em comparação com os delitos da área urbana, os furtos no interior representam 17,5% de todas as ocorrências no ano. Segundo o delegado Peixoto, o pouco efetivo obriga a adotar critérios para investigar os crimes.

Segundo ele, casos mais graves – como assalto à mão armada, tráfico de drogas e homicídio – têm prioridade perante os furtos. Afirma que tem suspeitos, mas precisa de testemunhas.

O delegado relembrou a época em que começou a trabalhar no município. Ele traçou um paralelo entre a realidade de 1992 e a atual. Há 20 anos, a PC de Estrela tinha 24 policiais e naquela época as ocorrências mais graves eram arrombamentos.

Os anos passaram e o efetivo diminuiu para oito – contando com o delegado. Por outro lado, os crimes ficaram mais graves. Para ele, moradores, entidades e políticos devem pressionar a Secretaria de Segurança do estado para aumentar o efetivo de policiais no município.

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