Registro de novas empresas bate recorde

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Registro de novas empresas bate recorde

A maior cidade do Vale do Taquari registrou no ano passado a abertura de 970 novas empresas. No período, 330 encerraram as atividades. O saldo é o maior dos últimos dez anos.

O setor que mais se destacou foi o de serviços no ramo da estética. A empresária Fernanda Beuren, 19, é um exemplo. Quase formada em Estética, abriu uma clínica no centro em abril de 2011.

Entre trabalhar para terceiros e arriscar abrindo o próprio negó­cio, optou pelo segundo e não se arrepende. “Tive receio no início, mas fui formando os meus clien­tes e mostrando que trabalho bem na área.”a

A esteticista considera a cidade um centro de negócios da região. Os clientes vêm de cidades vizi­nhas à procura de tecnologia e qualidade nos serviços.

Fernanda sabe que seu ramo é um dos mais competitivos do mercado pela quantidade de em­preendimentos criados nos últi­mos anos, mas é otimista: “Basta mostrar novidade e um bom tra­balho.”

O secretário de Indústria e Co­mércio, Carlos Alberto Martini ecoa a opinião. Cita, entre os mo­tivos para o resultado: a proximi­dade com a BR-386; mão de obra em constante aperfeiçoamento; espírito empreendedor dos lajea­denses; o desenvolvimento econô­mico (entre os 20 maiores do esta­do e os cem maiores do país); e os ganhos per capita.

Fique atento

Em 2010: foram 600 novas empresas registradas e 320 que fecharam;

Fatores que

ajudam

1) Localização do município, próximo da BR-386

2) Mão de obra qualificada

3) Espírito empreen­dedor dos lajeaden­ses

4) Potencial de cres­cimento econômico

5) Entre os 20 mu­nicípios com maior desenvolvimento econômico do esta­do e entre os cem do país

6) Um dos muni­cípios com maior renda per capita

7) Mão de obra qualificada

Melhores vantagens

Na região, estão instaladas cerca de 18 mil empresas. Elas são divididas nos segmentos indústria, construção civil, comércio, serviços e agrope­cuária. Do total, 2,2 mil são novas em relação a 2009. La­jeado e Estrela estão no topo da lista com os melhores re­sultados.

Em 2010, Lajeado emitiu 695 alvarás de abertura de empresas e encerrou 355. O crescimento da cidade ficou em mais 340 empresas, com­parando com 2009. Conforme Martini, o crescimento anual se deve às facilidades na aber­tura das empresas.

O contador Darci Kroth ex­plica que hoje é vantagem para o prestador de serviços sair da informalidade. Abrin­do uma microempresa simples ele poderá emitir notas fiscais e terá um amparo trabalhista do Instituto Nacional do Segu­ro Social (INSS).

Em seu escritório, em 2011, prestadores de serviço da construção civil foram os que mais buscaram auxílio para saírem da informalidade.

No ano passado empresas franqueadas começaram a procurar a cidade para abri­rem filiais. Os casais Ricardo e Sabrina Mafaciolli e Diego Berteli e Marília Müller apos­taram em Lajeado para abrir a Croasonho. A empresa é um café que fabrica croissant re­cheados e tem mais de 18 lo­jas no Rio Grande do Sul, San­ta Catarina e Curitiba.

Empresários avaliam aber­tura de outras redes inter­nacionais na cidade, como McDonald’s, Bob’s e Burger King. O grupo procura áreas na cidade para instalar uma das franquias. Se for McDonald’s, a ideia é que seja pelo sistema de drive thru – serviço no qual o cliente pode pegar a comida e sair com o carro.

Empresas quebram no primeiro ano

Pesquisas realizadas pelo Ser­viço de Apoio às Micro e Peque­nas Empresas (Sebrae) mos­tram que 30% das empresas quebram no primeiro ano de funcionamento. O levantamen­to foi feito com empresários.

A falta de capacidade de comportamento e de pla­nejamento de atitudes é um grande inibidor de abertura de negócios. Os empresários alegaram o mau gerencia­mento do negócio como o principal erro do dia a dia.

Há problemas de sociedade, por incompatibilidade de gê­nios entre sócios; de crédito e tributários. A pesquisa mostra que cerca de 60% dos proprie­tários não planejam como agi­rão com os clientes.

O levantamento mostra que no país, 98% dos negó­cios são micro e pequenas empresas e que 60% delas é responsável pela geração de empregos. A pequena em­presa contribui entre 25% a 30% do Produto Interno Bra­sileiro, o PIB.

Outra pesquisa em parce­ria com a ONU revela o nível de empreendedorismo nos países. O Brasil é um dos pa­íses que está no topo, devido aos jovens da faixa entre 18 e 24 anos que desenvolvem o próprio negócio.

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