Festa da prefeitura termina em confusão

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Festa da prefeitura termina em confusão

O presidente e ecônomo da comunidade cató­lica, Roberto Carlos Wegner, 36, acusa o prefeito Cléo Lemes da Silva e o secretário de Agricultura, Fabrício Ledur de agressão. Ele registrou queixa na Brigada Militar do município e na Dele­gacia de Polícia de Lajeado, na sexta-feira.

O episódio ocorreu na sex­ta-feira, 23, por volta das 19h40min – quando terminou a festa de fim de ano dos servido­res municipais. Wegner conta que perguntou a Silva e a Ledur se os funcionários do Executivo limpariam o local, pois uma missa seria celebrada após a festa. Acrescenta que era em­purrado pelo secretário quando o prefeito o agarrou pela cami­sa e o retirou do salão.a

Segundo Wegner, Silva lhe deu um soco no lado esquerdo do rosto. A situação foi acom­panhada por diversas pessoas, mas ele tem receio de represá­lias por parte do prefeito.

Uma moradora, que traba­lhava durante a festa confir­ma. Ela viu o prefeito agredin­do o homem, mas desconhece a gravidade das lesões. “Só vi que ele estava sangrando, mas não sei se quebrou alguma coisa.”

Está chateada com a situação. Critica o fato de duas pessoas que ela considera autoridades municipais não conseguirem conversar de maneira civiliza­da. “O prefeito deveria ter dei­xado passar.”

Outro morador concorda com a vizinha. Mas, acrescenta que Wegner foi mal-educado ao per­guntar quem faria a limpeza. Informa que o ecônomo costu­ma alterar a voz quando con­versa com os demais, podendo ser interpretado como uma agressão verbal.

Divergências e contestações

Ledur alega que não estava no mu­nicípio, pois gozava as férias no dia da confusão. O prefeito contradiz o subordi­nado. Silva diz que o secretário de Agri­cultura era uma das cinco pessoas que queriam agredir a suposta vítima.

O prefeito contesta e chama a comuni­dade de mentiro­sa. Conforme ele, Wegner é quem se agrediu enquanto era retirado do local pelo prefeito. “Fal­ta alguns parafusos nele.”

Acusa o ecônomo de extorsão: teria pedido R$ 500 ao prefeito para não re­gistrar a queixa. “O comandante da BM é a minha testemu­nha e pode confir­mar.” O comandan­te, sargento Adelar Henrique Bechlin só se manifestará se for chamado pela Justi­ça para depor.

Dois registros

Wegner fez duas queixas con­tra o prefeito. A primeira foi por volta das 19h40min, na Bri­gada Militar. Bechlin conta que o ecônomo só acusou Silva de agressão.

A segunda queixa foi por volta das 23h, na Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA) de Lajeado. Neste, acusa Silva e Ledur pela agressão. Nos dois documentos, Wegner quer representar crimi­nalmente.

O sargento informa que, caso o prefeito seja condenado, po­derá ter a pena revertida para prestação de serviços comuni­tários, pois o crime que teria cometido é considerado leve – com pena inferior a dois anos de detenção.

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