Em nota, o Diretório Central de Estudantes (DCE) divulgou o aumento de 8,8% na mensalidade da Univates. A proposta será analisada no Conselho Universitário (Consun), na segunda-feira.
O índice foi fechado em uma reunião nesta semana entre três integrantes da universidade e três do DCE. Os estudantes apresentaram uma contraproposta de 7,8%. O presidente da entidade, Carlos Portela ressaltou que não era um pedido oficial.
Conforme ele, o orçamento da universidade foi encaminhado na sexta-feira e os estudantes tiveram pouco tempo para avaliar possíveis cortes. Contadores foram chamados para ajudar e sugeriram um acréscimo entre 7,5% e 7,8%.
A intenção da reitoria era de uma mensalidade 9,8% maior. Ao analisar o pedido dos estudantes, reduziram o índice para 8,8%. Segundo Portela, a universidade disse que era a última proposta. Caso não aceitassem, manteriam o reajuste no primeiro índice.
Portela afirma que o reajuste é injusto, mas fica abaixo das outras universidades comunitárias. Acrescenta que, para chegar a um acordo, fizeram cortes de investimentos em alguns setores.
Mobilização ajudou
O presidente do DCE acredita que os manifestos dos estudantes contribuiu para que o índice ficasse abaixo das concorrentes.
Os aumentos anunciados pelas outras universidades comunitárias assustou os cerca de 11 mil estudantes da Univates. Os índices variaram de 9% a 12%, considerados abusivos pelo DCE.
Para evitar situação semelhante no Vale, os alunos iniciaram protestos em novembro. O primeiro manifesto ocorreu no Facebook e no Twitter, mobilizando centenas de pessoas. No dia 9, uma reunião no DCE marcou o começo da reivindicação.
Primeiro, houve a colagem de cartazes em diversos prédios da Univates. Os universitários solicitavam um diálogo com a reitoria. Uma passeata foi realizada no dia 16, reunindo centenas de alunos – muitos empunhando cartazes e alguns com rostos pintados.
Divulgaram os contatos de todos os integrantes do Consun, como uma maneira de pressioná-los contra o aumento. Até aquele momento, a Univates não havia anunciado qual seria o acréscimo.
O reitor Ney Lazzari legitimou o protesto, mas disse que era necessário reajustar para manter a universidade. Acrescentou que 60% do orçamento é destinado para custear os salários dos professores e os serviços terceirizados, como a limpeza e a segurança.