A colagem de cartazes e a afixação de banners foram os primeiros atos dos estudantes contra o aumento da mensalidade da Univates. O manifesto começou por volta das 19h30min de ontem, depois da reunião convocada pelo Diretório Central de Estudantes (DCE).
O material foi distribuído para os cerca de 50 alunos que lotaram a sala do DCE, às 19h. O estudante de Direito, Tiago Bruno Bruch, 19, considera fundamental a participação dos colegas no ato. “Tem muitos que vêm para cá à noite para estudar e, no dia seguinte, têm que trabalhar e desconhecem o que acontece na universidade.”
Outra ação definida no encontro foi a realização de uma passeata. Com megafones, os universitários se reunirão às 19h de quarta-feira, em frente do prédio 16.
No intervalo das aulas, eles se reunirão no prédio 9 para se manifestarem contra a proposta. A reitoria deve ser convidada a acompanhar, mas sem poder se pronunciar. Na mobilização de ontem, ela não esteve.
Para o presidente do DCE, Carlos Portela, esta é uma maneira de mostrar o descontentamento com a falta de diálogo da administração da universidade com os alunos. Ele ressalta que a proposta de mensalidade é encaminhada ao diretório próximo da votação, pelo Conselho Universitário (Consun).
Exposição dos conselheiros
O Consun é composto por 28 conselheiros, sendo três representantes estudantis. O DCE prepara um cartaz para expor o nome e a foto dos demais, como forma de pressionar contra o aumento que consideram injusto. Os contatos dos integrantes também será encaminhado aos alunos por e-mail.
A universidade ainda não encaminhou uma proposta. Portela informa que será entre 7% e 12%. O documento será entregue em 15 de dezembro. “É uma data em que não há alunos na universidade para poder se mobilizar contra.”
Os alunos também deverão encaminhar, nas próximas semanas, uma proposta de reajuste à reitoria. O DCE reconhece que a universidade não aumentar o valor é uma utopia, mas espera que seja abaixo do estimado. Um dos estudantes acenou com um aumento idêntico ao do salário mínimo, em uma média de 5%.