Na madrugada de segunda para terça-feira, Marciano Barth, 42, e Luana Ramos de Mello, 29, morreram na BR-386 após o veículo em que estavam colidir com uma carreta. Na quarta-feira passada, três pessoas foram vítimas de outro acidente a poucos quilômetros do local.
Eram pouco mais de 3h30min quando no km 362 da BR-386, em Fazenda Vilanova, Barth, que dirigia em alta velocidade, perdeu o controle do Audi A3. Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Maneco, como era conhecido o motorista, dirigia a 200 km/h. O veículo zigue-zagueou na pista no sentido capital-interior. Contra ele veio uma carreta. O choque foi inevitável.
O casal morreu na hora. Com o impacto em alta velocidade, pouco sobrou da estrutura do veículo importado. O motorista do caminhão Marcos Piuco, 30, nada sofreu. Ele realizou teste do bafômetro e não foi constatada embriaguez. Proprietário de uma transportadora em Estrela, Maneco era pai de um casal de gêmeos de 1 ano e namorava Luana há quatro meses. Ela morava em São Leopoldo.
Demora na remoção dos corpos
Assim como ocorreu na quarta-feira passada, quando três ocupantes de um veículo Prêmio morreram após a colisão com uma caminhonete, os corpos ficaram expostos por horas. Naquela ocasião, o Instituto Geral de Perícias (IGP) de Porto Alegre demorou três horas para chegar ao local, e outra meia hora para liberar os corpos.
Desta vez, os cadáveres de Marciano e Luana permaneceram por seis horas dentro dos ferros retorcidos do veículo. Cobertos por pedaços de plástico e papelão, ambos foram alvos de curiosos e motoristas equipados com câmeras e celulares.
A equipe do Instituto Geral de Perícia (IGP) chegou ao local por volta das 8h30min, e liberou a retirada dos corpos uma hora depois. Em função da demora, formou-se na rodovia mais de sete quilômetros de engarrafamento nos dois sentidos do trecho.
Transtornos para todos
Conforme o chefe da Polícia Rodoviária Federal de Lajeado (PRF), Leandro Wachholz, a demora do IGP prejudica o trabalho de segurança na rodovia. “Precisamos nos concentrar naquele local, deixando o restante do trecho desguarnecido.” Ele alerta para o risco de outros acidentes nos locais onde o tráfego for interrompido.
O delegado José Romaci Reis informa que a região solicitou a instalação de um Posto Avançado do IGP, fato inédito em todo o estado. Ele reclama da demora nos serviços de perícia.